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O que sabemos sobre os detalhes da condenação de Vitório Piffero

O ex-presidente do Inter, Vitório Piffero, foi condenado por estelionato e formação de quadrilha. A questão é referente ao período em que esteve na gestão do Colorado entre 2015 e 2016. Para esclarecer detalhes do caso, o Promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Flávio Duarte, falou em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha.

“A sentença é uma consequência relativamente esperada, porque quem tinha conhecimento dos fatos, tinha noção que o desfecho seria esse. Mas há a surpresa positiva de a Justiça estar acatando uma investigação de fôlego. Dá para dizer que foi a maior investigação financeira por um Ministério Público Estadual. Maior porque envolveu o Inter, que tem um orçamento superior ao de muitas prefeituras”, salientou o promotor.

O crime resultou em prejuízo de mais de R$ 12 milhões ao Internacional, sendo que ainda prejudicaram, indiretamente, mais de 100 mil pessoas do quadro social, além dos milhares de torcedores espalhados pelo Brasil. Isso porque, durante a gestão, eles aderiram a um grupo criminoso bastante estruturado para praticar os delitos.

“No caso do Inter, o que motivou a investigação foi a questão do rebaixamento e a não aprovação das contas do clube naquele ano. Se não fosse aquela comunicação lá atrás, nós não chegaríamos aonde chegamos. É importante criar uma cultura, não só de adversários políticos, mas de ter a iniciativa de procurar as autoridades noticiando algo que possa ser algo criminoso e que justifique essa investigação”, afirma Flávio Duarte.

Inter foi prejudicado em gestão de Vitório Piffero

O promotor destaca que nem todos os envolvidos tiveram vantagem financeira no esquema. No entanto, pelo menos alguma pessoa ganhou dinheiro sobre o Inter. Durante as investigações, foi visto que o clube teve prejuízo e parte significativa das quantias foi identificada em uma das empresas dos réus condenados, que no caso pertence a Affatato.