O atacante Gabigol, do Flamengo, foi suspenso por dois anos em razão de fraude no exame antidoping. O julgamento, que teve início na semana passada, foi concluído pela Justiça Desportiva Antidopagem nesta segunda-feira (25). A pena do jogador começou a valer a partir de abril de 2023, quando foi realizada a coleta de exames no CT do clube.
O julgamento terminou com o placar de 5 a 4 em favor da punição do atacante rubro-negro. Com dois anos de gancho, em punição que poderia chegar a quatro anos, Gabigol pode jogar a partir de abril de 2025 (antes de completar dois anos corridos) por questão técnica prevista no Código Brasileiro Antidopagem.
O atleta foi acusado por infração ao artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere a “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”. O código prevê suspensão de quatro anos em caso de condenação. No entanto, o jogador terá que cumprir apenas metade do período máximo estipulado.
A defesa contou com o testemunho de L.C.Cameron, bioquímico, que foi chamado para discutir métodos e técnicas de detecção de exames antidoping. Ele foi questionado pelos advogados que representam Gabriel, pela Procuradoria do Tribunal e pelos auditores. No depoimento, Cameron afirmou que não poderia haver transgressão.
Entenda o caso que resultou no banimento de Gabigol
O atacante do Flamengo foi acusado de dificultar a realização do exame antidoping. Mesmo que o resultado tenha dado negativo, de acordo com o artigo, o atleta teve uma atitude que dificultou os oficiais de coleta. Diante disso, a postura se encaixa como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”.
Um dos relatos diz respeito à demora do atleta para a realização do exame e o não cumprimento das instruções. Com exceção de Gabigol, os jogadores fizeram o exame antes do treino das 10h. O caso aconteceu no dia 8 de abril de 2023, no Ninho do Urubu.