A mais recente medalhista de prata brasileira nas Olimpíadas de Paris é do Rio Grande do Sul. Trata-se da surfista Tatiana Weston-Webb, agora a primeira mulher do surfe verde e amarelo feminino a alcançar o pódio no evento. Mas, para não se complicar com suas origens gaúchas, a atleta prefere não se envolver na rivalidade GreNal.
Em entrevista concedida a Zero Hora, em 2019, Tati foi questionada a respeito de sua torcida futebolística por aqui. A surfista optou por não se complicar e entrar em polêmicas com os familiares, uns colorados e outros gremistas.
“É uma ‘briga’ da minha família, né? Não sei… Acho que não dá para escolher porque minha família vai ficar… Essa briga vai levar uma vida inteira, não vou escolher porque não gosto de ficar (no meio dessa) briga”, disse.
Tati nasceu em Porto Alegre, mas ainda com duas semanas de vida se mudou para Kauai, ilha localizada no Havaí. Ela é filha da bodyboarder gaúcha Tanira Guimarães e do surfista inglês Doug Weston-Webb. Apesar de ter dupla nacionalidade, a surfista se identifica mais com o lado verde e amarelo e representa as cores do Brasil pelo mundo.
Tatiana Weston-Webb é a primeira brasileira a medalhar nas Olimpíadas
Tati ficou muito próxima da medalha de ouro na final contra a estadunidense Caroline Marks, em Teahupoo, no Taiti: apenas 0.18 separaram as duas finalistas na grande decisão. O resultado, aliás, foi motivo de bastante contestação e a sensação é de que a brasileira foi injustiçada pelos avaliadores.
De toda forma, a gaúcha subiu ao segundo lugar do pódio. Com a prata em mãos, Tati fez história e se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica no surfe. Até então, o melhor resultado havia sido alcançado por Silvana Lima, que ficou com o quinto lugar nos Jogos de Tóquio.