O resultado do laudo do Instituto Geral de Perícias, encomendado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, foi divulgado nesta quarta-feira (8). O documento cita que é impossível atender a solicitação e conseguir uma resposta definitiva.
O volante Edenilson, do Internacional, responsável pela acusação de injúria racial contra o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, se manifestou nas redes sociais. O atleta se mostrou insatisfeito com o resultado e falou sobre a luta contra o racismo.
“Não iriam nos calar???? Já nos calaram. Se ofendidos aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram, é uma luta desleal, é uma luta inconclusiva”, afirmou Edenilson, através do Instagram.
O volante acusou Rafael Ramos durante a partida entre Internacional e Corinthians, no dia 14 de maio, pelo Campeonato Brasileiro. No meio do duelo, Edenilson disse que foi chamado de “macaco” pelo adversário.
Por conta do ocorrido, o meia prestou depoimento ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta segunda-feira (6), para falar sobre a acusação de ofensa racial. Rafael Ramos também teve que prestar depoimento.
O resultado da pericia oficial do caso Edenilson e Rafael Ramos
O documento do Instituto Geral de Perícias cita que é impossível atender à solicitação e conseguir uma resposta definitiva. De acordo com os peritos, não foi possível identificar as palavras que foram proferidas pelo jogador do Corinthians.
O laudo afirma que, pelas imagens, não foi possível ver o movimento da língua do jogador do Corinthians. A situação iria facilitar na conclusão sobre o estudo, permitindo que fosse possível descobrir o que foi dito pelo atleta.
O recurso de leitura labial foi descartado por não ter validade jurídica. Por conta disso, não existem elementos sonoros para aprofundar a pesquisa.
“Sobre o pedido de exame pericial de leitura labial, ressalta-se que não foi encontrada metodologia científica, aplicada à análise forense de vídeos, que sustente esse tipo de trabalho. Existem apenas publicações sobre percepção visual da fala e aprendizagem de leitura labial”, escreveram os peritos.