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Árbitro citou caso de injúria racial na súmula de Inter x Juventude

O árbitro Bruno Arleu de Araujo relatou o suposto caso de injúria racial na súmula da partida que terminou em vitória do Inter por 4 a 0 sobre o Juventude. Na ocasião, o atacante Felipe Pires, do Juventude, acusou um torcedor do Colorado de proferir a ofensa racista “macaco”.

“Informo que após o término da partida, quando estava dentro do vestiário com a equipe de arbitragem, fui comunicado pelo delegado da partida, Sr. Paulo Ricardo Machado Santos, que aos 36 minutos do segundo tempo, após a substituição do atleta número 19 do Juventude, Felipe Augusto Rodrigues Pires, o referido jogador, quando se dirigia ao seu banco de reservas, acusou um torcedor que estava na arquibancada atrás do banco de sua equipe, onde estavam posicionados torcedores do Internacional, de tê-lo ofendido com ofensa racista com a seguinte palavra: “Macaco”.  Após o ocorrido, o supracitado delegado me informou que junto ao policiamento e o jogador, identificaram o torcedor, tendo sido o mesmo conduzido pelo policiamento ao Jecrim”, diz o trecho da súmula.

O caso está sendo analisado pela delegada Ana Caruso, que também foi responsável pelo inquérito de Rafael Ramos, do Corinthians. Ao que tudo indica, fortes indícios mostram que o torcedor do Colorado não cometeu o ato racista.

A questão é que Rodrigo (torcedor acusado) é natural de Caxias do Sul e amigo de Rafinha, do Juventude. O atleta estava entrando no lugar de Felipe Pires, então ele e os amigos começaram a fazer festa e filmaram a entrada do jogador. Felipe achou que estavam xingando.

Felipe Pires não retirou a versão, mas está interessado em ver os vídeos. Ele pode retirar a acusação nos próximos dias caso esteja convencido que foi um equivoco. Rafinha deverá ser ouvido em breve e os amigos do torcedor acusado também.

Advogado do acusado falou sobre a situação

O advogado do acusado, Bruno Scheidemandel Neto, falou sobre o assunto e afirmou que ele não proferiu a palavra “macaco”.

“Os amigos que estavam com ele vão depor como testemunhas. É um menino de 21 anos. Está assustado, mas tranquilo. Ele disse desde o primeiro momento que não falou (a frase com conotação racista). (Disse) Algo na linha do “Vamo, Rafinha. Car***”. Todos sabemos o que ele falou. É amigo de infância do Rafinha. São meninos de Caxias do Sul, colorados, que vieram ver um amigo infância”, disse o advogado.