Atualmente os times do futebol brasileiro vem passando por uma grande reformulação com o início das Sociedades Anônimas do Futebol, mais conhecidas como SAF’s. Com isso, alguns grupos de investidores já começam a planejar a compra de times brasileiros, mesmo possuindo outros clubes ao redor do mundo.
Essa situação levantou uma questão importante sobre quem cada time poderá enfrentar, tendo em vista que o Grupo City, que deve comprar o Bahia e já possui outros clubes, Ronaldo, dono do Cruzeiro que também tem o Real Valladolid e John Textor, que tem o Botafogo e mais alguns clubes da Europa. Clubes com os mesmos donos podem entrar em campo para disputarem campeonatos?
Times do mesmo dono podem se enfrentar?
Os multi-club ownership começam a ser debatidos principalmente na questão do Bahia, tendo em vista que o Grupo possui outros times na América do Sul, o que viabilizaria confrontos em Libertadores ou Sul-Americana.
De acordo com João Paulo di Carlo, advogado especializado em direito desportivo e colunista do Lei em Campo, do Uol Esporte, esse tipo de regulamentação não existe ainda, mas se torna cada vez mais essencial no meio do futebol com o crescimento das SAF’s.
“A necessidade de regular os MCO talvez seja uma das principais demandas do futebol mundial atualmente. Diante do crescimento exponencial dessa estratégia de negócio mundo afora, é fundamental agir com presteza e ter um debate profundo acerca da sua utilização”, começa o advogado.
“Especificamente sobre as competições realizadas pela Conmebol, há uma previsão sobre independência das entidades de prática desportiva e conflito de interesses, tanto no Código de Ética, quanto no documento de Padrão de Qualidade para o sistema de concessão de licenças”, completa.
No momento, o Licenciamento de Clubes da Conmebol não permite esse tipo de modelo de gestão, de acordo ainda com informações do Uol.