O Grêmio acabou aplicando um calote que ficou feio, sendo cobrado pelo devedor publicamente nos últimos dias, causando tumulto na torcida. Os times brasileiros costumam vender suas joias para conseguir pagar as contas, mas nem sempre os direitos econômicos estão todos vinculados ao clube que está efetivando a venda, levando a uma partilha dos recebimentos.
Esse tipo de situação é bastante comum no futebol do país quando um time diminui o pagamento em uma transferência, deixando uma parcela dos direitos econômicos do jogador para o clube anterior, fazendo com que o último consiga receber parte de uma venda futura. Situação que envolve Maurício, por exemplo, que tem parte dos direitos ainda ligados ao Cruzeiro.
No entanto, a parte feia acontece quando o novo time acaba não repassando a parte devida para os anteriores, causando alguns problemas e cobranças. Como é o caso do Grêmio atualmente, que anda sendo cobrado publicamente, passando vergonha nos programas esportivos e rendendo muitas piadas para os torcedores de rivais que não perdoam situações assim.
Grêmio deu calote em time pequeno do Paraná?
Em 2021, Pepê foi vendido ao Porto, de Portugal, rendendo cerca de 98 milhões de reais na cotação da época. No entanto, nem todo esse dinheiro pertencia ao Grêmio, tendo em vista que o Foz do Iguaçu, do Paraná tinha direito a 30% do montante, cerca de R$ 29 milhões. Pelo menos isso é o que alega o presidente do time paranaense, Arif Osman, em entrevista à Rádio Gaúcha.
“O Foz tem seus direitos reconhecidos em documentos. Temos os documentos que provam. A gestão anterior do Grêmio foi catastrófica. Tive que montar um time pífio, sem orçamento algum. Fomos deixados às traças. É um clube gigante pisando em um pequeno”, afirmou o presidente. Já o time gaúcho se defendeu alegando que essa não era a integralidade dos fatos.