O Uol Esporte conversou com Willi Egloff, advogado que acompanhou a vítima do caso de estupro em que Cuca foi condenado. Ele afirmou que a menina reconheceu o ex-jogador como um dos agressores e que o sêmen dele foi usado como prova para incriminação.
A revelação do advogado vai contra as declarações recentes do novo treinador do Corinthians, que destacou que não teve nada a ver com o caso e só estava “no lugar errado na hora errada”. O comandante concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre o assunto.
“Tenho vaga lembrança do que aconteceu. Tinha 23 anos na época, nós iriamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto que eu estava com outros jogadores. Essa foi minha participação no caso, eu sou totalmente inocente”, destaca Cuca.
O comandante foi anunciado recentemente como o novo treinador de um dos rivais do Inter, o Corinthians. O anúncio gerou polêmica nos bastidores, já que a contratação teve muitas reclamações por parte dos torcedores, da imprensa e até mesmo de funcionários do clube.
Protestos contra Cuca foram realizados
As principais reclamações por parte da aquisição de Cuca vieram através das torcidas organizadas. Cinco das seis torcidas do Corinthians se posicionaram contra a chegada (Camisa 12, Estopim da Fiel, Coringão Chope, Pavilhão 9 e Fiel Macabara). Apenas a Gaviões da Fiel não se manifestou.
Além disso, as jogadoras do time feminino e o técnico Arthur Elias divulgaram um manifesto falando sobre a importância do slogan “Respeita as Minas”, que é utilizado frequentemente pelo clube. A nota foi lançada aos 87 minutos da partida entre Corinthians e Goiás (referência ao ano que Cuca cometeu o ato).
Mesmo em meio as polêmicas, o Corinthians terá dois jogos decisivos na semana. Primeiro, a equipe encara o Remo, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil, e precisa reverter um placar de 2 a 0. Em seguida, encara o Palmeiras, fora de casa, pelo Brasileirão.