Após a realização da Copa do Mundo, a Fifa anunciou uma nova regra para os goleiros durante a disputa de pênaltis. De acordo com o novo texto da IFAB (associação que regula as leis do futebol), os arqueiros não podem “se comportar de forma a distrair injustamente o cobrador”.
A alteração foi uma reação ao ocorrido na final da Copa do Mundo entre Argentina e França, quando o goleiro Emiliano “Dibu” Martinez fez diversas provocações. O arqueiro dançava, provocava e demonstrava confiança contra os jogadores adversários.
Questionados pelo Globo Esporte, a maioria dos goleiros brasileiros não gostou da nova regra. O entendimento deles é que a mudança só serve para diminuir a porcentagem de defesas nas cobranças de pênalti, já que a provocação é um momento importante nas batidas.
Conforme levantamento do Espião Estatístico do ge, houve aumento de 12,4% na eficácia dos batedores após a nova regra. A média foi a quase 90% de aproveitamento nas 34 penalidades. Desde que a medida começou a ser validada no futebol mundial.
O goleiro Keiller, do Internacional, foi um dos prejudicados com a nova mudança da IFAB. Apesar disso, o arqueiro conseguiu se destacar no duelo contra o CSA de Alagoas, quando precisou ser acionado na disputa de pênaltis. O Colorado venceu o duelo por 7 a 6.
Keiller e outros goleiros estão defendendo menos? Veja os números
Confira a diferença no aproveitamento de pênaltis com a criação da regra:
Pênaltis de times da Série A em 2022:
- 417 cobranças
- 316 convertidas
- 75,8% de aproveitamento
- 101 cobranças perdidas (24,2%)
- 76 defendidas (18,2%)
- 13 trave/travessão (3,1%)
- 12 para fora (2,9%)
Pênaltis de times da Série A em 2023 (de 11/04 a 01/05)
- 34 cobranças
- 30 convertidas
- 88,2% de aproveitamento
- 4 perdidas (11,8%)
- 3 defendidas (8,8%)
- 1 para fora (2,9%)