O ex-jogador Amaral falou sobre a questão de racismo em torno do atacante Vinicius Junior, do Real Madrid e da Seleção Brasileira. O ex-atleta afirmou que já passou por uma situação parecida quando atuava pelo Palmeiras e foi enfrentar o Grêmio.
“Eu quando jogava no Palmeiras, a gente foi conhecer o gramado do Grêmio para ver qual chuteira a gente iria usar. Quando a gente pisou no gramado do estádio do Grêmio, que é um time que fui jogar depois, a torcida começou (fizeram barulho de macaco)”, disse Amaral.
De forma humorada, Amaral afirmou que brincou com os outros dois companheiros dele, que também eram negros. “Aí estava eu, Cleber e Sampaio. Eu falei ‘ó, de vocês dois aqui eu sou mais claro, pra mim não é (os gestos racistas)'”, salientou o ex-jogador.
Ao falar sobre o caso de Vinicius Junior, Amaral afirmou que a melhor forma de lidar com isso é na base do silêncio. Ele acredita que colocar o caso na imprensa só vai dar alimento para os racistas cometerem os atos mais vezes.
O atacante Vinicius Junior teve que lidar com o racismo durante partida contra o Valencia, pelo Campeonato Espanhol, no dia 21 de maio. O atleta foi chamado de macaco por torcedores da equipe adversária e, logo depois, acabou sendo expulso da partida.
Grêmio é conhecido pelo racismo
O Grêmio é conhecido pelos atos de racismo em toda a sua história. O caso mais conhecido foi o ocorrido sobre o goleiro Aranha, do Santos, pela Copa do Brasil de 2014, quando os torcedores começaram a proferir palavras ofensivas ao arqueiro no meio da partida.
Depois de julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a situação acabou gerando a eliminação automática do Tricolor Gaúcho na competição. O ocorrido serviu de exemplo e diminuiu as ocorrências de racismo nos jogos do Grêmio.