O Grêmio está interessado em vender jogadores na próxima janela de transferências, porém terá um imbróglio que pode ser crucial. Trata-se do impasse com clubes da Espanha, referente a dívida de R$ 35 milhões com a justiça espanhola por conta da venda de Arhur.
Em 2018, Arthur foi transferido para o Barcelona. Desde a ocasião, o fisco da Espanha cobra o Grêmio pelos rendimentos sujeitos a IRNR (Impuesto Renta No Residentes), ou seja, pela transferência de jogadores de clubes de países que a Espanha tem ou não acordo de bitributação. A cobrança de impostos está na casa dos R$ 35 milhões.
O tema é uma herança antiga da gestão de Romildo Bolzan, que optou por não pagar os valores referentes à transferência de Arthur. Desta forma, quando os espanhóis buscam por algum jogador, a resposta do Tricolor é referente ao empecilho que está longe de ser solucionado.
A situação pode atrapalhar na transferência de Bitello, por exemplo, que é frequentemente sondado por times europeus. O clube estuda a possibilidade de vender o jogador na próxima janela, porém não contará com as investidas dos espanhóis.
Grêmio teve outro problema grave
A notícia referente ao imbróglio do Grêmio é apenas mais um impasse do clube na atual temporada. Isso porque, no início da semana, o Tricolor Gaúcho foi notificado sobre a penhora da Arena OAS, conforme decisão na Justiça de São Paulo.
A manifestação ocorreu após o pedido de três bancos envolvidos no financiamento da construção do estádio (Banrisul, Banco do Brasil e Santander). A dívida é de R$ 226 milhões. Inicialmente, os bancos contribuíram com R$ 210 milhões, porém apenas R$ 66 milhões foram pagos.
A penhora da Arena do Grêmio está em processo, então é possível que o clube gaúcho fique sem estádio para mandar seus jogos nos próximos anos.