O martelo foi batido recentemente sobre a possibilidade de alteração no hino do Rio Grande do Sul, que surgiu recentemente. Recentemente uma grande polêmica acabou sendo trazida à tona dentro do estado mais ao sul do país, já que haviam algumas reclamações em relação ao hino do estado, que poderia estar contendo uma afirmação racista, segundo alguns especialistas.
A frase “povo que não tem virtude acaba por ser escravo” foi considerada racista por movimentos sociais e a bancada negra da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, gerando uma resposta recentemente. Isso porque os parlamentares estavam decidindo se haveria alguma possibilidade da frase acabar sendo mudada em determinado momento.
No entanto, pelo que aconteceu no primeiro turno de uma votação, não haverá mudança, apesar do projeto ainda precisar passar no segundo turno. Em sessão extraordinária na última terça-feira, a Assembleia votou favorável a emenda constitucional (PEC) do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) que “institui proteção e imutabilidade” dos símbolos do Rio Grande do Sul.
Hino do Rio Grande do Sul vai mudar?
Ao todo foram 38 votos favoráveis e 13 contrários. O local teve manifestantes contrários e a favor ao projeto. “Nós somos um só povo. A bandeira do estado do RS traz escrito liberdade, igualdade e humanidade. É a tradição e a nossa história que nos mostram que nós somos um só povo”, defendeu o autor do texto durante a sessão.
O deputado Matheus Gomes (PSOL), contrário a emenda, acabou se manifestando também. “Essa ideia tem um objetivo muito direto: tentar impedir que a sociedade do Rio Grande do Sul construa uma reflexão sobre elementos da nossa cultura que, infelizmente, preservam uma tradição oriunda do período do colonialismo, do período da escravidão”, declarou.
Agora faltaria a votação em segundo turno da emenda.