O lateral-direito Mário Fernandes, que já defendeu o Grêmio e teve passagem recente pelo Internacional, foi condenado por um imbróglio na Europa. O defensor precisou reconhecer o vínculo de emprego com o amigo, José Eduardo Silveira Justino, que atuava como seu motorista particular. A decisão da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho foi favorável ao motorista.
Mário alegou que a relação com Eduardo era apenas de “amizade íntima”, já que o amigo executava diversos serviços para a família dele na Rússia. Desta forma, em ação iniciada em 2019, o atleta sustenta que o motorista foi convidado para dirigir particularmente entre 2014 e 2018, morando no apartamento do jogador.
A versão do motorista indica que ele estava disponível 24 horas por dia e só descansava quando Fernandes estava atuando nos jogos. O defensor afirma que o motorista era apenas um amigo que foi convidado a passar um período com ele em Moscou, porém que nos períodos ele o levava e buscava nos treinamentos, sem haver caráter profissional.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo rejeitou a versão do jogador e considera provas de que havia a relação de emprego. Segundo o TRT, o convite do jogador para o amigo ir morar na Rússia e realizar as tarefas (como a função de motorista para levá-lo e buscá-lo) indicava uma oportunidade de emprego.
A declaração do jogador, indicando que pagava uma ajuda de custo mensal de R$ 3 mil, reforçou a hipótese levantada pelo tribunal. Também foi destacada a subordinação evidente no ato de transportar o jogador para os treinos. Assim, a decisão afirmou que o amigo atuava efetivamente como motorista empregado de Mário Fernandes.
Mário Fernandes rendeu dinheiro ao Inter
Condenado na Europa, o ex-lateral do Internacional foi contratado recentemente pelo Zenit, da Rússia. Comprado em acordo com o Colorado (envolvendo R$ 2 milhões), o atleta de 32 anos atuou em seis partidas desde o início da temporada.