O técnico Abel Braga fez uma alteração que acabou mudando a história do Internacional. Na decisão do Mundial de Clubes no Japão, em 2006, restava apenas uma vaga no time titular e, com isso, o treinador decidiu apostar em Adriano Gabiru.
O técnico justificou a escolha afirmando que o meia dá maior poder ofensivo ao time, além de ser o jogador com caracteristicas que mais se aproximavam de Tinga (considerado o motorzinho na conquista da Libertadores). Desta forma, Abel Braga não pensou duas vezes para fazer a escolha.
A decisão gerou polêmica na época, já que a maioria dos torcedores colorados não gostavam de Gabiru, por acreditar que contribuía pouco para o time. O atleta, inclusive, era constantemente vaiado no Beira-Rio e teve que lidar com isso poucas semanas antes do Mundial de Clubes.
“Preciso de um terceiro jogador de meio-campo que também saiba chegar à frente. Alex, Adriano e Michel fazem isso. Mas o Adriano é quem mais se aproxima do que o Tinga fazia”, comentou Abel, em entrevista coletiva concedida antes da decisão do Mundial.
Queridinho de Abel Braga surpreendeu e virou herói
Mesmo com a má fase na época, Gabiru ficou surpreso com os elogios de Abel Braga e disse que iria corresponder à altura. O atleta realmente acabou exercendo um bom papel, já que marcou o gol do título na vitória por 1 a 0 sobre o Barcelona.
“Sei que não joguei nem metade do que posso aqui no Inter. Mas sempre fui titular com o Abel por onde passei (Athletico e Olympique de Marseille) e agora quero retribuir a confiança que ele está me dando”, declarou Adriano.
Pouco tempo depois da desconfiança com os torcedores, Gabiru fez história no Internacional e virou o nome do título mais relevante do clube. O atleta ficou marcado como um dos heróis da geração de ouro que conquistou diversos títulos pelo alvirrubro.