O presidente do Grêmio acabou puxando o saco de um rival, o Flamengo, na negociação para a criação da nova Liga no futebol brasileiro. Os clubes do país estão divididos em dois grupos que tem visões diferentes sobre as regras para a criação de um novo “modelo de negócio” para o Campeonato Brasileiro, o que vem gerando divergências.
Enquanto o grupo do Inter, a Liga Forte Futebol, vem tentando diminuir o abismo criado com a diferença de receitas entre Flamengo e Corinthians e o restante dos clubes, a Libra, da qual o Grêmio faz parte, não parece tão interessada assim em nivelar os ganhos no futebol, como é o padrão das maiores ligas europeias no momento.
De acordo com informações recentes do jornalista Rodrigo Mattos, em sua coluna no UOL, uma das questões que vem sendo debatida atualmente é a garantia mínima que Flamengo e Corinthians, por exemplo, recebem atualmente, que faz os valores recebidos em cotas de transmissão serem muito superiores à qualquer outro time do Brasil.
Essa questão não vem sendo flexibilizada pelo Flamengo que, diferente do Corinthians, não abre mão de ganhar mais do que os outros times, algo que, por mais inusitado que pareça, não incomoda o Grêmio. O próprio presidente, Alberto Guerra, deu entrevista à ESPN recentemente dizendo que fazia sentido uma compensação financeira ao time carioca.
Flamengo vai continuar ganhando mais com apoio do Grêmio?
De acordo com Rodrigo Mattos, no entanto, apesar dessa garantia para o Flamengo, os valores poderiam acabar se tornando sem efeito prático caso a liga alcance os patamares desejados de receita, que seriam na casa dos R$ 3,5 bilhões. Mesmo assim, o time carioca se recusa a negociar os termos e quer continuar com garantias e com “unanimidade” nas votações.