Na última sexta-feira (9), Alessandro Barcellos concedeu entrevista exclusiva para o Portal GZH e falou sobre a repentina troca de Mano Menezes por Eduardo Coudet. O treinador argentino está em ótima fase na Libertadores e há 10 jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro.
Perguntado se o Inter estaria na semifinal da Libertadores se não tivesse feito a troca na comissão técnica, Barcellos deu a entender que não. “Essa é uma pergunta bastante inteligente, mas difícil de responder porque o futebol nos dá respostas claras e concretas depois que as coisas acontecem. É difícil responder sobre isso. Prefiro falar pelo que aconteceu. Entendo que a troca nos trouxe algumas mudanças que, sem dúvida, impactaram na melhora de performance”, disse.
“Digo isso sem fazer nenhum juízo sobre o trabalho anterior porque são contextos que vivem os clubes. Momentos assim já aconteceram no Inter e em todos os clubes de mudança de ambiente e forma de jogar. Mudamos a forma de jogar, o ambiente anímico, que é o jeito de trabalhar do Coudet, e os resultados mostram que foi positivo. Essa é a avaliação. Difícil dizer como seria sem, mas as mudanças, sim, nos ajudaram a avançar”, completou.
Coudet é mais flexível na forma de montar o time do que em 2020?
“Acho que a primeira passagem pelo Inter e a recente pelo Atlético-MG deram a ele uma dimensão maior do que significam as pressões e também as características do jogador brasileiro. O outro é a confiança. Hoje ele vive um ambiente de muita confiança com jogadores e comissão técnica. Isso dá a ele tranquilidade para trabalhar e também de ouvir. Ele tem se mostrado bastante flexível e participado das decisões constantemente. Ao mesmo tempo, ele segue firme em suas convicções de jogo”, afirmou Barcellos.
“Há mudanças em relação à primeira passagem, mas não deixa de ter um time intenso, agressivo e que gosta da posse de bola. O jogo na Bolívia mostra como o Coudet conseguiu fazer leitura para jogar diferente do que está acostumado. Isso vem também da confiança dele no grupo. Quando fomos contratá-lo combinamos com ele, falamos do grupo que tínhamos e a forma como iríamos jogar. Ele conhecia os jogadores, estava vendo os jogos, e se comprometeu. É importante deixar as coisas claras no início, assim temos a clareza e sem surpresas. O combinado não sai caro”, reforçou.