Em meio ao momento conturbado nos bastidores, o segundo turno das eleições do Inter serão realizados no dia 9 de dezembro. O presidente Alessandro Barcellos concorre com o ex-dirigente e candidato de oposição Roberto Melo. Enquanto a data da definição se aproxima, os torcedores têm a oportunidade de estudar as propostas de ambos os presidenciáveis.
Um dos principais pontos a ser considerado é o perfil do novo diretor-executivo de futebol. Enquanto Roberto Melo planeja buscar um dirigente experiente e renomado para assumir o comando do departamento, o presidente Barcellos pretende ter um nome mais discreto e que divida as funções da pasta com profissionais de uma equipe multidisciplinar.
As discordâncias em relação às características do diretor-executivo podem ser determinantes para o resultado das eleições. O cargo, que está vago desde a saída de William Thomas, em maio, só terá um novo nome a partir da próxima temporada. Desta forma, as duas chapas já definiram a forma que vão ocupar o setor no departamento de futebol.
A chapa de Alessandro Barcellos não quer um profissional com tanto protagonismo e pretende valorizar os demais profissionais que estão trabalhando no departamento de futebol. O Centro de Análise e Prospecção de Atletas (CAPA), por exemplo, é um dos setores que o mandatário quer continuar valorizando em 2024.
“Cada vez mais estou convencido de que no futebol a figura do executivo “superpoderoso” está com os dias contados. Você precisa ter uma equipe de mercado, de performance, de ciência de dados e de scout que esteja organizada na relação com o vestiário. Hoje temos uma equipe que responde bem a isso, que é comandada pelo Magrão e que tem a presença de profissionais de várias áreas e que nos dão um retorno importante”, disse Barcellos.
Qual o plano da oposição de Barcellos?
A chapa de oposição pretende trazer um executivo de futebol experiente, com currículo vencedor, que tenha bastante protagonismo na gestão do Internacional. Um dos nomes procurados pelo clube foi o de Rodrigo Caetano, do Atlético Mineiro, que trabalhou no Colorado entre 2018 e 2020. No entanto, o profissional pretende permanecer em Belo Horizonte.
“O clube tem que ser profissional de verdade. O Inter não pode ficar tanto tempo sem um executivo e sem um coordenador-técnico. Tem que priorizar os profissionais, e é isso que a nossa gestão vai fazer. Vamos priorizar profissionais experientes e qualificados, que já tenham vencido, saibam o caminho das vitórias e, principalmente, sejam profissionais que conheçam a história, a torcida e a cultura do clube”, disse Melo.