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Centro de perícias não identifica fala racista de Rafael Ramos contra Edenilson

Os desdobramentos da acusão de racismo de Edenilson contra Rafael Ramos continuam. Análises independentes de centros especializados, conforme recortes de lances de Inter e Corinthians, tem resultados diferentes.

Na manhã desta segunda, o perito judicial Roberto Meza Niella, especialista em leitura labial e diretor de consultoria pericial, afirmou ao Timeline, da Rádio Gaúcha, que conseguiu identificar a palavra “macaco” no trecho que analisou do vídeo.

“Eles estão de frente para a câmera e é possível ler o posicionamento dos lábios do Ramos. Podemos identificar de forma tênue a frase que todo mundo está dizendo, que é a palavra “macaco”. E vem na sequência um palavrão que não fica muito claro na definição dos lábios dele. Temos que tomar esse cuidado, mas me parece que é “do cara***“. A frase completa seria “macaco do cara***””, disse o perito.

Já em entrevista a Rádio Guaíba, Giovana Giroto, advogada do Centro de Perícias de Curitiba, afirmou que a análise feita não chegou a mesma conclusão sobre os trechos recortados da partida.

“Segundo nossos peritos que a palavra utilizada não foi macaco. E sim car****. Pois a palavra macaco ecoa, e o palavrão ele é mais curto. Se fosse macaco, a articulação da boca não seria discreta”, disse em fala a Rádio Guaíba.

Perícia – Rafael Ramos e Edenilson

Todas as análises divulgadas até o momento são preliminares e partem de recortes específicos já disponibilizados. A investigação, que deverá ter laudos do IGP, utilizará outros ângulos e câmeras disponíveis para identificar possível ato racista do lateral do Corinthians.

Ainda em entrevista a Rádio Guaíba, Giovana Giroto ressaltou: “A análise foi feita de forma bem imparcial e imagino que o perito que afirmou ter entendido o termo macaco também tenha o feito de forma imparcial. Mas essas divergências acontecem, sempre são ouvidos dois peritos”.