Clube-empresa: veja como funciona e o que muda na gestão
A transformação do Cruzeiro em clube-empresa deu o que falar. A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) foi adquirida por Ronaldo Fenômeno, que tentará pagar a dívida de quase R$ 1 bilhão existente. Logo de cara, a promessa é investir R$ 400 milhões ao longo de cinco anos.
Especialistas indicam que esse modelo de gestão é benéfica principalmente a clubes superendividados, como é o caso do Cruzeiro e do Botafogo. Aliás, o time do Rio de Janeiro pode ser o próximo a seguir este caminho. Aliás, há várias possibilidades relacionadas a gestão de um clube-empresa.
Em relação aos torcedores, a grande mudança é que passam a ter menos poder de decisão. No caso do Inter, por exemplo, os sócios votam e ajudam a eleger os gestores. Entretanto, em um clube-empresa há um presidente, que é escolhido pelo dono ou por um conselho, sem eleição dos sócios.
Como funciona um clube-empresa?
Basicamente, há três modelos de gestão. O primeiro é usado em clubes pequenos da Europa, onde apostam na compra de jogadores jovens e na formação, para que sejam vendidos e tragam lucro. Então, essa opção não é bem-vinda em clubes brasileiros, pelo menos as equipes de massa, como o Inter.
O segundo modelo vê o clube como um negócio. Assim, o investidor compra as ações, melhora toda a estrutura, transforma em um time competitivo e vende a sua participação no futuro. Esse é pouco comum, até porque não é fácil encontrar ricos dispostos a comprar clubes.
E existe um terceiro modelo, em que algum bilionário compra uma equipe, os casos mais comuns são Chelsea, Manchester City e PSG. Neste caso, a ideia dos donos é melhorar as suas imagens perante o mundo e claro, ter sucesso esportivo, para isso, todos os anos torram milhões em reforços.