Preparador físico do Universitario, Sebastian Avellino Vargas foi detido pela polícia depois da vitória por 1 a 0 do Corinthians (rival do Inter) na última terça-feira (11), pelo jogo de ida dos playoffs das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O funcionário do clube peruano foi acusado de ter feito gestos racistas em direção à torcida alvinegra.
O episódio foi flagrado por torcedores durante o aquecimento de jogadores do Universitario, na reta final do segundo tempo da partida. Também houveram acusações com gritos de “macaco”. Na madrugada, o profissional teve prisão em flagrante confirmada pela Polícia Civil de São Paulo. Em depoimento, ele negou ter praticado os atos racistas.
Vargas foi levado pelos policiais militares até a delegacia do estádio para prestar depoimento. Alguns torcedores do Corinthians também marcaram presença, na condição de testemunhas. O peruano esteve acompanhado de outros profissionais do Universitario.
Na saída da delegacia, um torcedor do Corinthians que serviu de testemunha, o empresário Cristian Lombardi, falou sobre o acontecimento. Ele destacou que os alvinegros não fizeram nada, mas mesmo assim o funcionário tomou a decisão de praticar os atos racistas.
“Ele treinou o primeiro tempo e o segundo tempo ali na frente da gente, foi super sadio, ninguém fez nada, super tranquilo. No final ele roi recolher umas peças que estavam no chão e na hora que ficou de frente para a torcida toda, ele fez o gesto de macaco. Foi isso que aconteceu. Ele não foi provocado, de forma alguma. Estava todo mundo festejando. É uma ofensa muito grande, um gesto que não se cabe mais nos dias de hoje”, disse o torcedor.
Preparador explicou o ocorrido
O preparador físico foi acompanhado na delegacia por Luis Armando Pacheco, Cônsul Geral do Peru em São Paulo, e Jhianphier Lopez, Consul Adjunto do Peru em São Paulo. Em depoimento, o funcionário negou ter imitado macaco e justificou que questionou alguns torcedores pelo motivo de terem cuspido nele ao término do jogo.