O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, está planejando uma grande mudança no futebol brasileiro para aumentar as punições dos casos de racismo nos estádios. O dirigente da Confederação quer adicionar punições esportivas nesses casos de discriminação em 2023, o que poderia culminar na perda de pontos pelos times envolvidos, o que fez lembrar um caso do Corinthians.
As mudanças devem ser propostas já nesta quarta-feira (24), durante o primeiro Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, organizado pela CBF. O evento será para discutir formas de combate ao problema e já tem alguns convidados de peso confirmados: presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Ednaldo Rodrigues em entrevista ao ge disse: “O evento é um marco para o início de uma série de iniciativas que vão discutir de uma forma mais profunda o combate ao racismo e à violência no futebol. É um gesto histórico para dar um basta contra o racismo e a ignorância no futebol. Além do evento, vamos fazer uma série de ações nos estádios nesta semana para conscientizar o torcedor. Chega de discriminação”, disse o presidente.
Corinthians podia ter perdido pontos por isso
Se tratando de Internacional, quando se pensa em combate ao racismo, se lembra da acusação de discriminação que aconteceu no jogo contra o Corinthians, nesta temporada. Caso a ação tivesse acontecido em 2023, talvez as punições fossem diferentes, conforme a vontade do presidente da CBF.
O caso em questão aconteceu em 14 de maio de 2022, na partida entre Internacional e Corinthians, no Beira-Rio, válida pelo Campeonato Brasileiro. Durante o jogo, Edenilson afirmou ter sido chamado de “macaco” por Rafael Ramos e relatou para o árbitro. O jogador do Corinthians chegou a ser detido em flagrante dentro do estádio, mas foi liberado após a equipe paulista pagar a multa.