No dia 13 de agosto de 2008, D’alessandro fez sua estreia com a camisa colorada contra o Grêmio, no Beira-Rio. O gringo se tornou o maior personagem do clássico no século XXI, com vitórias, derrotas, provocações e polêmicas.
D’ale encerrou sua trajetória contra o arquirrival na última quarta-feira (23), sem entrar em campo nos dois jogos do confronto da semifinal. Na ida, o argentino não jogou por opção do treinador Alexander Medina, já no jogo de volta, o meia sentiu um desconto no quadril e sequer foi relacionado.
Contudo, nada disso interferiu na rica história do ídolo colorado dentro dos clássicos. Desde o primeiro momento que vestiu a camisa alvirrubra, D’alessandro encarnou o espírito do confronto.
Na conversa para assinar o contrato com o Colorado, o ex-presidente Fernando Carvalho apresentou o clássico para D’ale como um confronto em que o Inter precisava vencer sempre e o jogador parece ter entendido o recado.
D’alessandro entendeu a missão no GreNal
Após seu primeiro clássico, D’alessandro assumiu o personagem de “Homem GreNal” e se tornou um dos protagonistas de uma hegemonia colorada no clássico, que se estendeu por alguns anos no Rio Grande do Sul.
Além disso, D’ale construiu uma rivalidade pessoal com o ex-treinador do Grêmio, Renato Gaúcho. Apesar das provocações sadias entre os dois, Portaluppi sempre afirmou respeitar o gringo e até chegou a dizer que lamentava não tê-lo como seu jogador.
“Sempre falei para os meus jogadores para não deixarem o D’Alessandro apitar o jogo. Ele é chato. Mas joga demais. Uma pena que nunca tenha sido meu jogador”, afirmou Renato em entrevista para o UOL.
Apesar de se tornar uma figura ilustre no clássico, D’alessandro construiu um vínculo de respeito com alguns ídolos gremistas. Em seu evento solidário, “Lance de Craque”, D’ale sempre convidou personagens históricos do Tricolor, que abraçaram a causa.
Com isso, a história do ídolo do Clube do Povo contra o maior rival encerrou seu ciclo nesta semana. Sendo líder de provocações históricas, gols importantes, derrotas significativas, mas principalmente de um protagonismo ilustre na história dos clássicos, D’ale sem dúvidas terá seu nome eternizado, seja pelo lado vermelho ou azul de Porto Alegre.