Defensor do Grêmio é indiciado pela Polícia Civil e pode pegar até dois anos de reclusão
O goleiro Caíque, do Grêmio, foi indiciado pela Polícia Civil em razão do arremesso de uma bolinha em uma criança no clássico Gre-Nal, no último sábado (19). O ato foi registrado após o término da partida, que terminou com vitória por 1 a 0 para o Inter, no estádio Beira-Rio.
O jogador foi indiciado pelo crime que atenta contra a paz no esporte. O tópico está previsto no artigo 201, da Lei 14597/2023 (Lei Geral do Esporte), que cita promover tumulto, praticar ou incitar a violência em eventos esportivos. A pena prevista é de reclusão de um a dois anos e multa em caso de condenação.
O caso aconteceu após o apito final do clássico, enquanto os jogadores estavam se direcionando ao vestiário. Neste momento, o torcedor do Inter, Jeison de Souza, alega que Caíque atingiu seu filho com uma bolinha de esparadrapo enquanto saía do gramado. O colorado comentou a situação em boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil.
De acordo com o delegado Vinicius Nahan, responsável pela investigação, o laudo pericial constou como negativo e não foi percebida lesão corporal. As imagens analisadas pela polícia também comprovaram que o arremesso da bolinha foi feito sem olhar pelo investigado, ou seja, sem intenção.
As partes tentaram mediar a situação para que o caso fosse encerrado no âmbito criminal, porém não foi adiante em razão do desinteresse do pai da vítima. Desta forma, o inquérito será remetido ao Ministério Público, que vai decidir se oferece denúncia contra o goleiro.
Caíque, do Grêmio, comenta confusão no duelo contra o Inter
Em vídeo publicado no Instagram, o jogador do Grêmio, Caíque, admite que jogou o objeto em direção à arquibancada. No entanto, ele pediu desculpa e disse que entrou em contato com a família da vítima para resolver a situação.