Dunga revela porque abandonou a carreira de treinador

O ex-jogador Dunga fez sucesso em suas passagens pela Seleção Brasileira e pelo Internacional. O profissional fez sucesso tanto como atleta quanto treinador. No entanto, desde a saída da CBF em 2016, após a Copa América, ele se mantém longe dos cargos no futebol. Ele vem aproveitando o tempo para passar com a família e realizar trabalhos terciários.

Aos 61 anos, o gaúcho vem analisando o cenário do futebol e revela discordâncias com algumas práticas que se tornaram frequentes no esporte. Ele enfatiza o desejo de se afastar de disputas que considera cansativas, preferindo focar em atividades com impacto social, dando enfoque para ajudar famílias carentes do Rio Grande do Sul.

Dunga afirma que não pretende retornar ao cargo de treinador em algum clube brasileiro. O ex-jogador destaca que conta com discordâncias entre suas convicções e as práticas atuais no futebol. Desta forma, tomou a decisão de não retornar aos gramados.

“Minha época já passou. Quando você tem um pensamento em que há choque com o que está acontecendo no futebol… Eu já briguei muito na minha vida e chega uma hora que você quer aproveitar. Hoje, todos falam uma palavra linda: ‘transição’. Se 50% de um time tem mais de 35 anos, como vai fazer transição e jogar em velocidade?“, disse Dunga.

Dunga comenta ascensão de estrangeiros no Brasil

Dunga também se manifesta sobre a discussão recente entre treinadores locais e estrangeiros. O ex-treinador acredita que o mais importante é que cada técnico traga um benefício para o futebol local, independendo da origem. Ele afirma que existe a necessidade de valorizar aqueles que trazem inovações e que agreguem com contribuições necessárias.

O ex-Inter acredita que o Brasil ainda não considera o histórico de trabalho como um fator que influencia no desempenho dos técnicos. De acordo com ele, existem profissionais no cenário nacional que são competentes, mas lidam com diversas limitações, como estrutura do clube e lesões frequentes de jogadores.