Na tarde desta última segunda-feira (2), ocorreu o velório do Rei Pelé no Estádio da Vila Belmiro em Santos – SP. Na chegada ao funeral, Paulo Roberto Falcão falou sobre sua relação com eterno camisa 10 da Seleção Brasileira
O ex-volante do Internacional recordou que teve a chance de comandar o craque em 1990, quando dirigia a Seleção brasileira. Naquela ocasião, Pelé completava 50 anos e participou de um jogo comemorativo pelo Brasil contra uma seleção do resto do mundo.
“E a humildade que ele tinha. Achei que ele ia se apresentar na hora do jogo, e não. Se apresentou um dia antes, treinou, fez alongamento, falou com os jogadores, organizou, e eu já contei isso mas vou contar de novo. Ele chegou pra mim e perguntou: ‘Professor, se tiver uma faltinha posso bater?’. ‘Faz o que quer com a bola. Você sempre fez o que quis com a bola…’. E ele, mesmo com 50 anos, chegava na frente”, relembrou Falcão.
Sobre o triste adeus ao Rei, Falcão disse que vai lembrar dos momentos de carinho do ex-jogador.
“Quando eu penso no Pelé, eu penso naquele sorriso dele. Aquele carinho que ele tinha com os torcedores, a capacidade que ele tinha de entender o que era ser ídolo, porque o ídolo é uma projeção de milhões de pessoas, e ele entendia muito bem isso. E aprendi isso com ele também. Sempre tive essa preocupação do cuidado com os torcedores, eu também fui torcedor, sei o que eles querem. Ele era inigualável nisso”, disse Falcão.
Sobre Pelé dentro de campo, o atual coordenador de futebol do Santos foi sútil e direto. “Foi um jogador genial. É muito difícil tentar definir o Pelé. A definição de Pelé é “tudo”. “Tudo” não tem explicação. “Tudo” é tudo” disse o dirigente santista
Morte de Pelé
Pelé morreu na última quinta-feira (29), aos 82 anos, após lutar contra um câncer de cólon. Ele estava internado há um mês no Hospital Albert Einstein.