O fato inédito no futebol gaúcho, em que jogadores do Internacional se negaram a treinar, por conta de valores contratuais atrasados gerou uma das maiores repercussões da temporada no cenário nacional. Contudo, apesar das cobranças serem dignas, alguns apontamentos precisam serem ressaltados sobre o assunto.
Os problemas financeiros no Beira-Rio intensificaram desde o rebaixamento para a segunda divisão. Aliás, ao que se sabe, nesta mesma temporada ocorreu o último episódio de atrasos salariais. Depois disso, o clube vive um processo de recuperação diário, que parece longe de ser solucionado, mesmo que de forma recorrente, engravatados divulguem cifras de superávites, entre outros termos que se popularizaram no futebol para exibir valores ilusórios.
Trazendo a realidade para a temporada atual, é importante lembrar que os mesmos indivíduos que se negaram a treinar, publicaram notas de repúdios e gravaram vídeos no Instagram foram os autores de um dos maiores vexames da história alvirrubra.
Vexames no Internacional têm ligação com a falta de dinheiro
Embora perder seja normal no futebol, sobretudo, para muitos que hoje vestem a camisa colorada, neste caso especifico, a eliminação teve relação direta com as cifras que faltam para quitar o tão reivindicado direito de imagem. A queda para o Globo-RN gerou uma perda de cerca de R$11 milhões, visto que, a projeção do clube era chegar até às quartas de final do torneio nacional.
Na temporada anterior, algumas das mesmas lideranças que hoje exibem notas de repúdio estavam presentes nos semelhantes fracassos contra Vitória-BA e Olímpia-PAR, outras duas eliminações precoces que deixaram de alimentar os cofres do clube.
Portanto, de forma legal, o protesto pela quitação das dívidas foi digno, afinal, tratam-se de trabalhadores que querem usufruir dos seus direitos, mesmo que de forma recorrente deixem de desempenhar o que se espera, mesmo que recebendo ou não os direitos de imagem, eles sigam milionários.