O Internacional deveria olhar mais para a categoria de base, é de lá que poderia vir a salvação econômica para o clube. O último jogador formado em casa e vendido por um bom valor foi Bruno Fuchs, negociado em 2020 por 8 milhões de euros (R$ 53 milhões). Aliás, foi um dos poucos considerando a última década inteira.
Yuri Alberto não é da base o Internacional e nem era Bruno Praxedes. O atacante foi comprado por cerca de R$ 10 milhões junto ao Santos, já que ele vinha tendo problemas no clube paulista. Já Praxedes estava em litígio com o Fluminense e veio do time carioca, que manteve uma porcentagem do seu passe.
Internacional precisa investir na base
O título da Copa São Paulo de Futebol Junior de 2020 pode ter mascado a realidade. Enquanto o Grêmio formou vários pontas, como Pedro Rocha, Everton e Pepê, além dos meias Arthur, Jailson e Matheus Henrique, as coisas no Beira-Rio não andam.
A realidade era totalmente diferente na primeira década do século, quando o Clube do Povo revelou Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sobis e Taison, entre outros jogadores. Todos foram vendidos por bons preços, para a época.
É necessário melhorar a captação de atletas, com olheiros pelo país inteiro, trazendo jovens 10, 11 ou 12 anos para Porto Alegre. Ou mesmo reforçando as escolinhas espalhadas pelo Brasil.
A base precisa fornecer jogadores para o time principal, atualmente a equipe conta apenas com Caio Vidal, Zé Gabriel, Heitor e Johnny, nenhum deles é titular, e o zagueiro teve boa parte de sua formação no Corinthians. Dourado, Daniel e Taison foram formados em casa, mas não podem entrar nesta conta.
Enfim, revelar jogadores é uma forma de evitar gastos com contratações e ainda lucrar com as vendas. O time do presidente Alessandro Barcellos precisa olhar com carinho para essa questão, visando os próximos anos.