A IFAB (International Football Association Board) deu mais um passo importante na busca pela proteção dos jogadores de futebol. Em 8 de agosto, a entidade enviou um comunicado para as federações proibindo atletas menores de 12 anos de idade a cabecear na bola de forma intencional.
A nova determinação é uma medida do órgão para atender as recomendações da área médica sobre o desenvolvimento de doenças neurológicas no futuro. O impacto constante na cabeça é considerado uma área de risco, principalmente para os mais jovens.
“Essa recomendação vai de encontro com a discussão científica atual de que impactos repetidos na cabeça resultariam em declínio cognitivo precoce e Encefalopatia Traumática Crônica (ETC) no futuro. Um dos fatores epidemiológicos associados à ETC e apontados por alguns pesquisadores é a idade de início à exposição aos impactos repetidos na cabeça. Quanto mais jovem, maior o risco”, afirma o professor e PhD Hermano Pinheiro ao ser questionado pelo Uol Esporte.
No documento enviado para as federações, a IFAB citou possíveis problemas neurológicos que a cabeçada pode trazer para os jogadores no futuro. Os corpos desses atletas ainda estão em desenvolvimento antes dos 12 anos, então a situação pode ter consequências drásticas.
IFAB alterou regra da Copa do Mundo
Responsável por proibir o cabeceio intencional de atletas menores de 12 anos, a IFAB aprovou alterações recentes que terão consequências na Copa do Mundo. Entre as medidas, a entidade autorizou as cinco substituições em uma partida de forma definitiva.
Além disso, os treinadores poderão contar com até 15 atletas no banco de reservas a partir do dia 1 de julho. A entidade também confirmou a restrição de três janelas para substituições, além do intervalo da partida.