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Modelo SAF permite a entrada de bilionários no Brasil: o que o Inter pode fazer?

O modelo SAF começou a ser praticado pelos clubes do futebol brasileiro e a tendência é de que mais equipes adiram ao movimento. No momento, o Cruzeiro é um dos maiores exemplos de times que conseguiram se reestruturar graças à alternativa.

O modelo permite a entrada de bilionários no Brasil e donos de dois ou mais clubes estão fazendo sucesso no país. O Vasco da Gama, por exemplo, está sendo comprado pela Partners 777, que tem ações do Sevilla, da Espanha, e do Genoa, da Itália.

“O tema dos conglomerados de clubes tem ganhado bastante importância, diante da expansão da sua utilização. No Brasil, com o advento da Lei das SAF, já possuímos dois clubes pertencentes a esse tipo de modelo, com o terceiro já bem encaminhado”, afirma João Paulo di Carlo, advogado especializado em direito desportivo, que falou sobre o tema em sua coluna no Uol.

Os investidores enxergam o futebol como uma oportunidade de diversificar o portfólio de negócios, expandir a marca, ganhar exposição global, otimizar as operações da empresa e ampliar seu poder. O modelo é visto como algo positivo para as duas partes.

Aos clubes, a SAF é a oportunidade de deixar o clube em uma situação financeira mais estável. O Cruzeiro, por exemplo, estava afogado em dívidas e chegou a brigar para não cair na Série B de 2021. No momento, o clube está na liderança da competição.

Como o Internacional pode virar SAF?

O estatuto do Internacional não permite a venda do clube para um novo proprietário. Por conta disso, será preciso que o Colorado tenha suas regras alteradas para que alguém possa fazer investimento dentro do departamento de futebol.

O presidente Alessandro Barcellos já falou sobre o tema e afirmou que a tendência é de que o Internacional siga um caminho igual ou semelhante. O mandatário destacou que todos os clubes terão essa realidade nos próximos anos.

“É uma realidade que chegará para todos os clubes. Não necessariamente nesse modelo (o exemplo foi a SAF do Botafogo), mas vai chegar. O capital investidor, na medida em que o futebol brasileiro se organizar melhor, vai chegar. E vai causar discrepâncias”, afirmou Barcellos.