O Internacional é um dos clubes brasileiros que mais carrega a conexão com o carnaval. Esse vínculo com o samba existe desde o início da história colorada, já que, durante a fundação, as cores do uniforme foram definidas através da paixão pelo carnaval de rua de Porto Alegre.
Divididos entre dois blocos de carnaval, dos Esmeraldinos (verde e branco) e Venezianos (vermelho e branco), os fundadores do Internacional realizaram votação para escolher as cores do Colorado. Em maioria, os Venezianos venceram e acabaram dando cor ao uniforme do clube, que segue o mesmo padrão até hoje.
Ao longo da história, o Clube do Povo teve vários jogadores que não escondiam o amor pelo samba. Na década de 40, o Internacional teve o lendário Rolo Compressor e um dos maiores destaques do grupo era o ponta Osmar Fortes Barcellos, conhecido como “Tesourinha”.
O jogador ficou conhecido com o apelido em homenagem ao bloco de carnaval “Os Tesouras”, que era um dos principais do Rio Grande do Sul.
Nos anos 70, o Colorado contou com o destaque de Luís Carlos Machado, conhecido como Escurinho. Artilheiro, o jogador dividiu a vida de atleta com a cantoria e o amor que tinha pelo samba.
Na história recente, o Internacional contou com Paulo César Fonseca do Nascimento, conhecido como Tinga. O meia, que tocou na bateria por anos e carregava o samba, foi um dos principais destaques nas conquistas da Libertadores.
Carnaval nas arquibancadas do Inter
Além da relação dos jogadores e fundadores com o samba, o Internacional também teve esse sentimento compartilhado através das arquibancadas. Em 1940, Vicente Rao trouxe os ritmos e alegorias dos blocos e sociedades para as arquibancadas coloradas.
Rao criou a primeira torcida organizada que se tem registro no Rio Grande do Sul, chamada de DCP ( Departamento de Cooperação e Propaganda).