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Paulo Bracks desabafa, detona direção do Inter e revela frustrações

Demitido do Internacional após a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, Paulo Bracks se despediu do Colorado em postagem nas redes sociais. O dirigente desabafou, falou sobre a direção e revelou frustrações vividas no cargo por não ter conquistado os objetivos almejados.

A despedida foi publicada no Instagram e serviu como desabafo para falar sobre a situação entre Bracks e os dirigentes. O ex-diretor fez alguns questionamentos na postagem e se mostrou insatisfeito com a decisão tomada pelo Internacional.

“O projeto valia até quando? Saio decepcionado com aqueles que se preocuparam mais com o lado de fora, fazendo com que o externo instável triunfasse sobre o interno assertivo”, disse o dirigente.

A despedida de Paulo Bracks

Confira o texto publicado por Paulo Bracks na íntegra:

Despeço-me do Internacional, após 1 ano e 2 meses, com sentimentos opostos. Lamento por saber que podíamos ter avançado mais; feito mais; prosseguido no que estava dando certo; corrigido o que estava dando errado. Lamento por não ter tido tempo para usufruir da árdua economia realizada no primeiro ano; do sacrifício imposto pela austeridade financeira em detrimento do desempenho desportivo pleno.

Lamento não ter acompanhado o aproveitamento planejado de jovens, do primeiro ano para o segundo, e o aumento programado dos ativos para o futuro do clube. Lamento não desfrutar do saldo das necessárias vendas, que serviram para quitaras pesadas dívidas, e não deixado o clube parar. Os resultados de campo não vieram, é fato, e a autocrítica é imperiosa, mas todos os outros estratégicos e metas de gestão foram alcançados.

É triste sentir não ter sido suficiente para a continuidade. Afinal, o projeto valia até quando? Saio decepcionado com aqueles que se preocuparam mais com o lado de fora, fazendo com que o externo instável triunfasse sobre o interno assertivo. Decepção com a política. Decepção, finalmente, por não ter conseguido pendurar uma faixa pesada no peito do Colorado, que há mais de 120 meses aguarda para voltar a se sentir o que é, na origem, essência e história: um vencedor.

Por outro lado, e é o que vale e fica, o sentimento é oposto. Me sinto feliz e me traz muita alegria ter tido a honra de representar esse clube gigante, respeitado no mundo do futebol e que me presenteou com amigos, jogos e histórias eternizadas na mente e coração. A alegria do dia a dia saudável, das vitórias maiúsculas, dos Gre-Nais vencidos e suas consequências, das expectativas altas, do suor, da entrega e doação, da união e superação nos momentos difíceis, das experiências, das marcas deixadas para a instituição. Fico, na cabeça, com a alegria do torcedor e do clube do dia 06/11/21, e não com a frustração, vazio e silêncio do dia 25/02/21.

Alegria de ter conseguido (com o suporte e trabalho de pessoas muito competentes, que formaram uma grande equipe e se tornaram amigos para a vida) implementar os processos internos de gestão, de ciência de dados, de desenvolvimento individual de performance, de segurança contratual, de responsabilidade financeira em todos os movimentos, da alta minutagem dos jovens, de valorização dos ativos, das negociações conduzidas com responsabilidade e altivez, da repatriação de ídolos, da maior venda da história do clube.