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Perícia bate o martelo: Edenilson foi chamado de macaco

A perícia contratada pelo volante Edenilson, do Internacional, sustenta que o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, proferiu a palavra “macaco” para se referir ao jogador. O ocorrido aconteceu na última partida entre as duas equipes, no Campeonato Brasileiro.

O documento segue um caminho contrário ao apresentado pelas duas perícias apresentadas por Rafael Ramos e apontam que houve injúria racial no caso. Ela também vai contra a analise realizada pela perícia oficial do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que alegou não ser possível constatar o que foi dito.

Edenilson encomendou uma perícia que foi analisada pela Polícia Civil antes da conclusão do inquérito, que definiu a denúncia de Rafael Ramos por injúria racial. O caso foi repassado e está sendo analisado pelo Ministério Público.

“Foi levado em conta a palavra do Edenilson. Segundo a própria jurisprudência, a palavra da vítima se torna muito importante nesses casos. Também havia quatro laudos periciais nesse inquérito, dois apresentados pela defesa do Rafael Ramos, o inconclusivo do IGP e um apresentado pelo advogado do Edenilson”, afirmou o delegado Roberto Sahagoff, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, para a GZH.

A análise sobre as imagens do caso Edenilson e Rafael Ramos

O relatório da perícia, assinado por Roberto Carlos Meza Niella e Silvio Tavares Ferreira, apresenta uma análise de leitura labial das imagens do jogo e uma comparação com os fonemas pronunciados por Rafael Ramos durante o depoimento concedido ao STJD.

Os peritos também apresentaram um vídeo com diversos falantes portugueses pronunciando a palavra “macaco”. A versão sustenta que a articulação vocal é a mesma feita pelo lateral durante a partida contra o Inter.

O caso ainda está sendo analisado e uma resposta definitiva pode ser tomada nas próximas semanas. O volante Edenilson e o lateral Rafael Ramos aguardam a resolução do caso.