O lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, contratou uma segunda empresa especializada em perícia forense para análise fonética das imagens da discussão com Edenilson. De acordo com o laudo técnico, o jogador português falou “foda-se, mano, caralho”.
A frase foi citada pelo mesmo em depoimento à polícia. A conclusão é diferente em relação a primeira perícia apresentada pela defesa, que apontou esta expressão: “pô, caralho”.
Rafael Ramos foi detido por injúria racial após o jogo no estádio Beira-Rio, mas pagou fiança e aguarda a conclusão de inquérito policial da 2ª Delegacia de Porto Alegre.
O laudo técnico em prol do lateral-direito foi assinado por Fernando De Pinho Barreira, perito do escritório sediado em São Paulo e contratado para analisar as imagens do episódio ocorrido em 14 de maio.
“A análise do vídeo em câmera lenta, somada à análise dos vocábulos pôde comprovar que o que foi pronunciado pelo atleta Rafael Antônio Figueiredo Ramos foi de fato a expressão que este alegou ter pronunciado, ou seja: ‘Foda-se mano, caralho’ e não a expressão que o atleta Edenílson Andrade dos Santos julga ter ouvido: ‘Foda-se Macaco'”, diz a perícia particular.
Perícia concedeu detalhes sobre o caso
A análise técnica ainda deu conta de detalhes e expressões que foram citadas no caso. A frase dita pelo lateral-direito Rafael Ramos foi especificada pela perícia particular, afirmando que ele não disse o que foi acusado por Edenilson.
“A análise do vídeo em câmera lenta, bem como a análise dos frames desta parte do vídeo, transcritos neste trabalho, permite verificar que a pronúncia do atleta Rafael Antônio Figueiredo Ramos, do segundo fonema do segundo vocábulo é átono (“nu”, de “maNO”) e não tônico (“?ka” de maCAco)”, afirma o relatório da empresa.