O técnico Miguel Ángel Ramírez cobrou o Internacional na Fifa por conta de parcelas atrasadas no acordo de rescisão. O Colorado recebeu um acordo de 45 dias para pagar cerca de R$ 2 milhões, sob pena de não poder inscrever jogadores na próxima janela de transferências.
As partes chegaram em um novo acerto e o processo sobre o Internacional foi extinto. Anteriormente, Ramírez e a direção assinaram acordo que previa pagamento de R$ 3,9 milhões como indenização pelo fim antecipado do contrato.
O valor foi dividido em três parcelas e previa pagamento de R$ 1,7 milhão até julho de 2021, R$ 1,1 milhão até setembro de 2021 e mais R$ 981 mil até o início de novembro do ano passado. Em 8 de novembro, os advogados de Ramírez notificaram o Inter pelo atraso de duas das três parcelas.
Em 3 de dezembro, o treinador entrou com ação na Fifa, pedindo o pagamento ou aplicação das sanções previstas. O Internacional alegou a pandemia de covid-19 como principal problema, citando decretos estaduais definindo o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e impactos econômicos.
Em abril, foi assinada a decisão que reconheceu a dívida do Internacional com Ramírez e um prazo de 45 dias para a quitação dos valores – sob pena de aplicação de transfer ban. O Colorado se resolveu com o treinador e não sofrerá as punições previstas.
A nota oficial do Inter sobre o tema
O Internacional publicou uma nota oficial para falar sobre o assunto. O clube destacou que está acertado com Ramírez e não existe mais nenhum processo que envolva a tramitação entre as partes.
“Sobre os termos da rescisão do Inter com o seu ex-técnico Miguel Angel Ramirez: diante de algumas controvérsias na negociação a partir do fim do vínculo, o Clube foi demandado na FIFA. Todas as questões foram devidamente resolvidas sob ponto de vista jurídico e financeiro a partir de uma composição final entre as partes. Não há processo em tramitação que envolva o ex-treinador e o Sport Club Internacional”, escreveu o clube.