Na última quinta-feira (7), o penúltimo dia da 2ª edição da Brasil Futebol Expo (BFExpo) deu destaque para o painel que discutiu ações de combate ao preconceito nos estádios brasileiros. O evento foi chamado de “Ofensas preconceituosas realizadas nas arenas desportivas – responsabilidade desportiva e penal”.
O bate-papo contou com membros do Poder Judiciário, da Justiça Desportiva e representantes de públicos vítimas de crimes como racismo, homofobia e assédio sexual. A conversa foi dividida em duas partes.
Inicialmente, quatro membros do judiciário participaram da conversa. Eles discutiram o que a Justiça tem feito para combater os problemas nos estádios do futebol brasileiro e como ela pode avançar nas punições aos preconceitos.
Na segunda parte, o evento contou com a participação de algumas pessoas que já sofreram ou que ainda sofrem preconceito. Todos eles contaram suas experiências.
O vice-presidente do STJD, Maurício Neves Fonseca, falou sobre o assunto discutido no penúltimo dia de BFExpo e decretou que o órgão está tomando atitudes. As declarações foram dadas em entrevista exclusiva ao Lei em Campo, do UOL Esporte.
“Acredito que a sociedade começou a entender que todos os atos preconceituosos e discriminatórios serão punidos pelo STJD. Arena esportiva não é uma praça sem lei, muito pelo contrário, existe lei e ela tem que ser respeitada. Várias atitudes estão sendo tomadas, inclusive decisões do STJD, objetivando reprimir esses atos ilícitos e lamentáveis por parte de alguns torcedores que vão aos estádios para tentar denegrir as outras pessoas, com relação ao racismo, homofobia e xenofobia que vão prejudicando o próprio futebol”, afirmou o vice-presidente.
STJD está realizando ações para combater o preconceito
O STJD já está trabalhando forte no combate ao preconceito nos estádios de futebol. Maurício revelou algumas ações que estão sendo realizadas.
“É preciso combater tudo isso. Estamos sendo duros, com decisões contundentes, como perda do mando de campos, pontos e multas altas. O STJD precisa continuar a dar exemplo à sociedade principalmente em relação a esse assunto tão grave como o racismo e preconceito no futebol”, disse o representante do órgão.