No Donos da Bola Rádio da última quinta-feira, o jornalista Leonardo Meneghetti trouxe a informação de que Paulo Autuori foi voz ativa na negociação com o grupo de jogadores, que aconteceram em meio ao movimento dos atletas de se recusarem a treinar, por atraso no pagamento de direitos de imagem. Entretanto, o dirigente colorado solicitou que o nome dele não fosse citado publicamente para que ele “não tivesse esta mancha em seu currículo”. O fato não surpreende para quem acompanha os bastidores do Internacional. Autuori, tem se notado por centralizar decisões, mas também por se expor o menos possível.
Em diversas vezes, Autuori cruzou com jornalistas na zona mista e dependências do CT. Em todas, se recusou a dar entrevistas. “Já falei muito. Já apareci muito. Agora é hora de ficar quietinho no bastidor”. Este relato do próprio Autuori, representa muito do que ele fez no episódio de crise. E também o seu trabalho no dia a dia do clube.
Autuori funciona como uma espécie de consultor. Todas as decisões sobre o que será feito, passam por ele. Desde contratação de jogadores, a escolha por Mano Menezes, a escolha do executivo de futebol, os métodos de trabalho, decisões sobre saídas e chegadas. Entretanto, a maneira ativa com que Autuori trabalha no clube, não é trazida a público por opção do próprio Autuori.
Um dos relatos, é que Autuori “não quer se expor”. Ele não falou nenhuma vez sobre a escolha de Mano. Sobre os resultados de campo. Sequer nos vídeos de vestiário, que mostram os bastidores, ele aparece. O contato dele com o grupo não é tão direto. Mas a maneira com que o contato é feito, por outras pessoas, passa por decisões dele.
Ao chegar, com o cargo mais alto do departamento de futebol, o relato positivo é que Autuori traz experiência e inteligência nas decisões. Mesmo que para isto, significa que outras pessoas dêem a cara por ele, no noticiário.