A versão “oficial” que saiu nas declarações públicas do presidente Alessandro Barcellos, em entrevista coletiva e do grupo de jogadores, em nota oficial foi alinhado em reunião no vestiário do Internacional. A posição de que não houve greve dos jogadores e sim um acordo entre as duas partes para adiar o treino para a tarde, será defendida. Mas a versão possui algumas inconsistências que mostram que não foram a realidade.
Na própria entrevista coletiva, Alessandro Barcellos afirmou que foi comunicado da “insatisfação” dos jogadores às 10h. 15 minutos depois do horário em que estava marcado para acontecer o treinamento no CT Parque Gigante. O presidente se deslocou imediatamente para o CT, inclusive havendo relatos de uma chegada fulminante e nervosa por parte do dirigente.
Naquele momento, seria impossível a realização do treino no horário em que havia sido marcado. Não por “sugestão” da direção. E sim, porque os jogadores já haviam tomado a decisão de não treinar. Tanto, que não foram a campo no horário previsto, mesmo sem a chegada do mandatário do clube.
A própria fala do Taison, em vídeo divulgado pelo jogador diz que: “A gente já se acertou. Já treinamos hoje a tarde.” Indica que, a realização do treino esteve diretamente ligada ao acerto entre as partes. Inclusive, informamos nos bastidores que houve a possibilidade do treino não acontecer. O Inter só foi confirmar oficialmente a realização do treino para a tarde, quando os jogadores já estavam no gramado. Se o treino tivesse sido apenas “adiado” haveria um comunicado do clube, informando isto. Não houve.
A versão oficial não se sustenta sequer na própria versão oficial. Natural que ela apareça para tentar apaziguar e esfriar os fatos. Mas houve a greve, Taison foi o líder, jogadores se recusaram a treinar, direção foi pega de surpresa e só conseguiu convencer os jogadores a treinar com o pagamento de parte da dívida.