Um torcedor do Grêmio cometeu injúria racial na noite de domingo (16), no Alfredo Jaconi, durante a partida contra o Santos. O envolvido fez gesto de passar a mão no braço para dois torcedores da equipe adversária, indicando a cor da pele.
O gremista foi retirado das arquibancadas por seguranças e detido pela Brigada Militar. O Grêmio afirma que identificou o torcedor, que não é sócio do clube, ainda no Alfredo Jaconi. O clube acompanhou o envolvido até a delegacia e prestou assistência.
Além do caso de racismo, o jogo entre Grêmio e Santos ficou marcado por uma série de episódios negativos. Antes do início da partida, gremistas foram presos por quebrarem e saquearem um posto de combustível na entrada da cidade.
Durante o jogo, houve confusão entre as duas torcidas na arquibancada. O portão da divisória foi quebrado por santistas, que invadiram o setor da equipe mandante. Após a partida, torcedores do Tricolor Gaúcho foram detidos por invadirem a sede da Mancha Verde (torcida do Juventude).
Em nota oficial, o Juventude, dono do estádio Alfredo Jaconi, informou que os custos dos prejuízos serão arcados pelo Tricolor Gaúcho. As diretorias das duas equipes iniciaram as tratativas logo após a partida, com a intenção de sanar os custos.
Torcida do Grêmio é conhecida pelo racismo
O Grêmio é conhecido por ser um clube com torcedores envolvidos em diversos casos de racismo. Além do torcedor preso no duelo contra o Santos, disputado no último domingo, o Tricolor Gaúcho já teve que responder por outros ocorridos e, inclusive, se complicou em uma competição.
O Grêmio foi excluído da disputa da Copa do Brasil de 2014, depois de os torcedores da equipe direcionarem palavras de cunho racista ao goleiro Aranha, do Santos. O caso teve que ir à julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).