O torcedor do Internacional que invadiu o gramado do Beira-Rio com uma criança no colo e agrediu um jogador do Caxias será julgado nas próximas semanas. Ele se apresentou para prestar depoimento na Polícia Civil na tarde de segunda-feira (27), em Porto Alegre.
O ponto levantado pela advogada do torcedor, Taiane Paixão, é de que ele quis “proteger a filha” ao entrar dentro de campo. Além do homem de 33 anos, a mulher, a mãe da criança, a irmã e a advogada também foram ouvidas pelo delegado Vinicius Nathan, da 2ª DP, e a delegada Sabrina Teixeira, da Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca).
A advogada Taiane Paixão falou com a imprensa e declarou que a única intenção da invasão de campo foi para tentar proteger a filha. “Ele já prestou os esclarecimentos para o delegado. Queria proteger a filha em função do tumulto causado pela própria torcida do Internacional. A cancela foi aberta por seguranças do time, não pulou” , disse.
O torcedor teve dois inquéritos instaurados, um por invasão de campo e lesão corporal, e outro por expor uma criança a situação de risco. A pena para o caso ainda será avaliada. A polícia ainda quer descobrir se a criança sofreu algum ferimento e se a mãe da menina também estava no estádio.
Quais providências o Inter tomou?
O envolvido no caso invadiu o campo após a eliminação do Inter para o Caxias, na semifinal do Gauchão, e agrediu o lateral Dudu Mandai, do time da serra gaúcha, e também o cinegrafista Gabriel Bolfoni, da RBS TV. Ele foi segurado pelos seguranças do Beira-Rio e retirado do gramado.
O Internacional divulgou a informação de que o torcedor, que é sócio do clube, foi suspenso do quadro por tempo indeterminado e está impedido de acessar o Beira-Rio. O conselho de ética ainda vai apurar os fatos para tomar a conclusão necessária sobre o caso.