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Trabalharam na altitude e agora mandaram a real para o Inter

O preparador físico Márcio Faria Corrêa desembarcou em La Paz para fazer parte da comissão técnica de Vinícius Eutrópio, no Bolívar, em 2018. O profissional permaneceu no país por seis meses e conseguiu perceber diversos pontos sobre a altitude. Em busca de facilitar o caminho do Inter, ele falou sobre o tema em entrevista ao jornalista Leonardo Oliveira, da GZH.

“Quando estivemos lá era uma das estratégias principais (altitude). Nesse jogo em casa, não é só usar a altitude. O adversário chega ao aeroporto com 4,07 mil metros de altitude, é um pouquinho pior. Depois, tem o deslocamento de ônibus por vias sinuosas, isso dificulta a estabilidade do atleta. Claro, cada um reage de uma forma à altitude”, disse o preparador físico.

Márcio afirmou que o Internacional vai precisar escalar todos os substitutos possíveis durante a partida. As condições da altitude não vão permitir que os atletas apresentem a mesma capacidade física em relação à quando estão na altura do mar. Desta forma, é provável que Coudet tenha que realizar cinco substituições no confronto.

“O conselho que posso dar é que vá para a competição o mais rapidamente possível e que não se escale 11, mas os 16 jogadores. E que se treine dessa forma. Será preciso chamá-los (os reservas) antes do que se imagina. Isso era consenso nas conversas com os profissionais dos clubes que nos enfrentavam em La Paz. Quem está numa Libertadores ou Sul-Americana sabe desses detalhes”, explicou o profissional.

Qual a postura do Bolívar para encarar o Inter?

O preparador físico Márcio Faria Corrêa ainda comentou sobre a forma que o Bolívar costuma jogar na altitude. Ele destacou que a equipe faz de tudo para o adversário cansar e depois ter todas as condições necessárias para demonstrar superioridade nas corridas ofensivas.

“Sempre planejávamos assim: daremos a bola para o adversário, porque ele terá de jogar, fazer ultrapassagens e se perderá. Muitas vezes, esperávamos o adversário nos primeiros 30 minutos. Usávamos marcação alta, mas deixando jogar. Piques longos, atletas não têm condição. Leva cinco minutos para se recuperar de sprint de 20 metros”, salientou o preparador.