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“Voltando pra casa”, Diego Aguirre é apresentado oficialmente no Inter

O novo treinador do Internacional, Diego Aguirre, participou de uma coletiva de apresentação no início da tarde desta segunda-feira (21), no Beira-Rio. O uruguaio fechou um contrato com o Colorado até dezembro de 2022.

Aguirre começou seu discurso elogiando sua “volta pra casa”, que o Inter “abriu portas” para ele quando era um jovem jogador e, mais recentemente, como técnico. Reforçou que gosta do elenco e que é o momento do clube recuperar sua identidade como um time de luta, garra e entrega total.

Quem abriu a coletiva foi Alessandro Barcellos. O presidente colorado falou em “reconexão com o torcedor” e “superação frente aos desafios”, além de ter muita confiança no trabalho de Aguirre.

Logo em seguida, o vice de futebol, João Paulo Hermmann, exaltou a história de Diego Aguirre e disse o treinador entende muito de futebol brasileiro. Paulo Bracks, diretor executivo, complementou revelando que, assim que o Inter definiu o nome do uruguaio, foram necessárias menos de 24h para fechar o acordo.

Foto: Reprodução Twitter/Internacional

Confira alguns trechos da entrevista coletiva de Diego Aguirre

Empate contra o Ceará

“Prefiro não falar do que já passou. O que aconteceu ontem foi mais um jogo. Assisti às últimas cinco partidas. Não foi um bom desempenho, mas são coisas que acontecem. O importante é olhar para frente e pensar no confronto de quinta-feira. Começar se Deus quiser, com vitórias e que a normalidade volte”.

Medida mais imediata a ser tomada como novo treinador

“Recuperar a identidade. Temos um plantel muito bom, com jogadores de qualidade. São eles que foram vice-campeões brasileiros alguns meses atrás. Temos que ter foco, determinação e rapidamente voltar ao nosso nível”.

Confiança no grupo para implementar o modelo de jogo

“Não tenho dúvidas que tenho os jogadores certos. O grupo vai se adaptar perfeitamente as nossas ideias. Teremos desafios muito importantes, mas a primeira coisa que temos que pensar é no próximo jogo e tentar voltar à vitória”.

Lições que tirou da primeira passagem

“Cada trabalho eu vou pegando experiência. Mas se me faz lembrar de 2015, fizemos sem dúvidas um grande trabalho. Ganhamos o Campeonato Gaúcho, chegamos às semifinais da Libertadores. Lançamos muitos jogadores jovens. Tenho muitas lembranças boas”.

Missão de recuperar a boa fase

“Obviamente tentaremos o mais rápido possível que voltem os resultados. Aí uma coisa vai com a outra. Nós temos dois objetivos pela frente: Brasileiro e Libertadores. Vamos focar em cada jogo daqui pra frente para que o nível volte ao que é possível. A coisa boa é que eu já estou adaptado ao Inter, não preciso de adaptação”.

Como o Inter vai jogar

“Gostaria de ser um time protagonista, de pressão, de dinâmica. Um time que joga um bom futebol. Mas que tenha a sua identidade. Que não perca coisas que tem de muitos anos. O torcedor se sente representado quando o time luta por cada bola. Isso não pode faltar. Time grande precisa se acostumar a ganhar”.

Sondagens para treinar a Seleção Uruguaia

“Não gosto de falar de possibilidades. Estou focado e feliz no Inter. Não penso outra coisa que não seja estar aqui até o fim do contrato. Não há nada além do pensamento de estar aqui no Inter. Estou feliz”.

Foto: Reprodução Twitter/Internacional

Primeiro contato com o elenco

“Ainda não tive, só amanhã. Temos que trabalhar e não pensar em coisas negativas ou situações que não são boas. Temos que ter um ânimo, confiança e convicção de que as coisas vão a dar certo. Obviamente vamos ter que trabalhar junto, vamos cobrar e exigir jogadores, mas temos que estar juntos”.

Mescla de jogadores jovens e experientes

“Todos os atletas são importantes, os experientes, os meninos. Precisamos que juntos recuperemos o nível. Nenhum jogador é especial, são todos importantes. Temos que sentir confiança, porque qualidade tem”.

Utilização das categorias de base

“Acredito nos meninos. Gosto de dar oportunidades, só temos que escolher o melhor momento. Temos que ir vendo, analisando e tomando as decisões. Não posso falar mais do que isso. Ainda tenho que conhecê-los, buscar mais informações. Sabemos que o Inter precisa projetar jogadores, tentar vender alguns. Vamos ajudar o clube, como já fizemos, para que essas coisas aconteçam”.

Como trabalhar com o apertado calendário brasileiro

Aguirre: “Vamos tentar aproveitar o tempo ao máximo. Vamos estar 24h trabalhando, não só em campo, mas fora. Vamos dar o máximo para tentar conseguir os objetivos. O tempo não é ideal, mas as condições são assim. Sentimos que é possível e temos que transmitir rapidamente as nossas ideias, seja no campo, vídeos ou palestras”.

Continuidade do trabalho, ao contrário dos antecessores

“Às vezes os treinadores não cumprem contato pois acontecem algumas coisas e o futebol é muito dinâmico. As ideias são uma coisa e a realidade é outra. Vamos trabalhar com tranquilidade, confiança e vontade de ficar aqui o máximo de tempo possível. Mas sei que a realidade vai estar jogo a jogo. Dentro de campo”.

Relevância do clássico contra o Grêmio

“Sabemos a importância dos Gre-Nais. Meu histórico é bom. Lembro coisas muito boas como jogador e como treinador. Tentaremos manter esse histórico e obviamente sabemos da importância. Ainda não é tempo de pensar nisso. Temos que pensar no jogo de quinta contra a Chapecoense”.

Preparação física

“Incrivelmente foi problema só aqui. Às vezes são informações que viram verdade. Em todo o momento me senti muito tranquilo. Trabalhamos em times grandes e todas as nossa experiências foram boas. Não separo trabalho físico de trabalho tático. Nós somos um time, precisamos fazer algo integral. E a responsabilidade é minha.

Passaram muitos anos desde 2015. Amadurecemos. Estamos prontos para trabalhar e dar o melhor. Obviamente, como falei antes, é muito importante a chegada de Paulo Paixão”.