Formado nas categorias de base do Internacional, o lateral-direito William, que atualmente defende o Cruzeiro, teve um lance marcante em sua carreira no ano de 2016. Durante um clássico Gre-Nal, o jogador acertou uma cotovelada no equatoriano Miller Bolanõs, do Grêmio, que acabou fraturando uma parte da face e ficou longe dos gramados por um longo período.
Mais de sete anos depois, o profissional falou sobre o ocorrido no lance. Em entrevista para o jornalista Duda Garbi, em seu canal no Youtube, o atleta garantiu que o “golpe” não foi proposital. Ao ver o adversário se aproximar, ele tentou se posicionar para jogar o adversário para fora do campo, porém acabou acertando o rosto com força.
“As pessoas não entendem, mas foi totalmente sem querer. Lembro bem do lance. Eu estava indo na bola em diagonal e vi ele vindo correndo. Eu pensei: vou jogar o cara na grade, lá na arquibancada se possível. Só que ele é menor que eu. Na hora que eu firme o braço, o antebraço pegou no rosto dele”, disse o defensor, que ainda afirmou que nem percebeu a gravidade do lance.
“Na hora eu nem vi. Quando bate, eu caio para frente. O árbitro deu falta em mim. E ele jogou o primeiro tempo todo ainda. Conversei com ele, vi sangue na boca dele, mas ele disse que estava tudo tranquilo. Ninguém percebeu que havia essa fratura”, salientou o ex-jogador do Inter, que revelou ter sofrido ameaças de torcedores do Grêmio.
Colorado recebeu ameaças de torcedores do Grêmio
“Na época foi difícil. Eu recebi muita ameaça. As pessoas sabiam a placa do meu carro. Logo que aconteceu, eu passei sempre a ir com alguém no carro nos treinos. Metade do Rio Grande do Sul passou a me odiar. Eu iria no hospital. Estava tudo combinado de eu ir. Só que a conversa vazou. Aí a torcida estava indo pro hospital também. Eu pedi desculpa pela imprensa e depois em outro jogo eu pedi desculpa para ele”, disparou William.