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Grêmio deve mais que o Seu Madruga e será julgado em janeiro

O Grêmio está passando por uma situação financeira complicada nos bastidores. Por conta disso, o clube será julgado em janeiro e corre o risco de ficar impedido de contratar jogadores em 2024. As principais cobranças foram protagonizadas pelo Foz do Iguaçu, que cobra direitos ligados ao atacante Pepê, e o FC Cascavel, que quer receber os valores do meia Bitello.

A reclamação mais longa pertence ao Foz do Iguaçu, que tem uma ação contra o Tricolor Gaúcho na Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD) da CBF. O clube cobra 30% da venda do atacante Pepê ao Porto. Uma proposta de acordo foi recusada e o tema deverá ser apreciado no órgão após o fim das férias, no mês de janeiro.

A transação feita em 2021 rendeu R$ 98,6 milhões na época. O Foz alega que deveria receber o seu percentual, enquanto o Grêmio afirma que existia uma comunicação de divisão da quantia com outras partes. Após a tentativa de cobrança entre os clubes, os paranaenses ingressaram na CNRD (órgão criado pela CBF para discordância sobre transações internas).

O Tricolor fez uma oferta para parcelar o montante, porém o Foz do Iguaçu recusou de imediato. “Estou afirmando: na CNRD, eles propuseram dividir em 12 vezes o valor que devem. Não aceitamos, pois tem a correção monetária e os juros e não quero em 12 vezes”, explicou Arif Osman, presidente da equipe paranaense.

Grêmio precisa pagar mais uma dívida

Em paralelo ao caso do Foz do Iguaçu, o Cascavel, clube formador de Bitello, pede o bloqueio da premiação do Brasileirão ao Grêmio para que seja paga a sua parte na venda do jogador ao futebol russo. O clube solicita R$ 15 milhões dos mais de R$ 45 milhões previstos como pagamento pelo vice-campeonato na competição nacional.

Os paranaenses argumentam que não receberam os 30% referentes à venda de Bitello ao Dínamo Moscou, da Rússia. Ainda em setembro, a compra foi definida em duas parcelas, com a primeira já tendo sido paga. A segunda terá de ser depositada na metade de 2024. A transferência tem o montante de 10 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões na época).

“Já conseguimos uma liminar para apresentação de documentos e agora estamos aguardando uma liminar ainda este ano para bloquear os valores”, afirma Nixon Fiori, advogado do Cascavel. O clube acredita que receberá a quantia ainda no início de 2024.