Próximo de ser o novo treinador do Internacional, Alexander Medina ressaltou um ponto fundamental para o sucesso do seu trabalho no colorado. Conhecido por trabalhar com elencos “curtos”, algo que revoltava Coudet, o profissional apenas exigiu que o clube mantenha em dia a questão financeira.
Para El Cacique, como é conhecido Medina, se os jogadores estão recebendo em dia e sem nenhuma pendência financeira, podem ser plenamente cobrados pela comissão técnica. E as cobranças são uma das características de Medina e sua comissão.
Como nunca dirigiu nenhum elenco recheado de estrelas, a exemplo de seu atual clube, o Talleres, Medina cobra ao máximo o aspecto físico e mental dos atletas. Essa característica lembra as falas de Abel Ferreira, do Palmeiras, que questionado sobre as diferenças entre Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras, ressaltou que mesmo seu elenco não sendo o melhor tecnicamente, tinha maior força mental, física e tática.
Sobre o estilo de jogo, o treinador destaca que a marca deve ser a intensidade: “Nosso estilo se caracteriza por ser mais de proposição do que de reação. Vamos tentar ter a bola, ficar no campo adversário e criar associações pelos lados para finalizar por dentro”.
Esquema tático de Alexander Medina
Outro ponto que chama a atenção é a variação tática proposta por Medina. O técnico sempre se adaptou aos elencos que encontrou, tanto que já armou equipes com extremas, enquanto em outras, por não contar com pontas, concentrou mais jogadores no meio.
O 4-2-3-1 parece ser o esquema favorito, sempre apoiando o jogo em uma saída concentrada, até mesmo com linha de 3 no início do jogo. Diferente de algumas estratégias criticadas, os times de Medina não tem medo de “quebrar” a bola para o ataque em situações de pressão.
A saída de bola, atraindo o adversário, é justamente uma das estratégias para deixar os atacantes em boa condição de combate no caso de jogadas longas.