Advogado de corintiano dá sua versão sobre possível injúria racial
O advogado de Rafael Ramos, Fabiano Cerveira, se pronunciou sobre a possível injúria racial proferida pelo corintiano contra Edenilson. Segundo ele, ao programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, houve um mal entendido e o seu cliente está à disposição das autoridades. Na investigação do caso será utilizada leitura labial.
“O atleta Rafael prestou todos os esclarecimentos à autoridade policial. Ele relatou que foi um mal entendido, que jamais proferiu palavras injuriosas e que o Edenilson deve ter mal interpretado aquilo que foi dito. Inclusive, o Rafael procurou o Edenilson após o término do jogo para entender o que estava acontecendo”, declarou o Fabiano Cerveira.
De acordo com o volante colorado, o jogador do Corinthians o ofendeu utilizando a palavra macaco. O ocorrido foi em lance entre ambos, aos 31 minutos do segundo tempo, no gramado do Beira-Rio. Depois da partida, o jogador foi preso em flagrante e liberado após pagar fiança de R$ 10 mil.
“É de total interesse que essa situação seja explicada o mais rápido possível. Ele está muito abalado, jamais passou por uma situação como essa. Ele relatou que não chamou o Edenilson de mentiroso, mas que o Edenilson ouviu errado, foi mal interpretado, inclusive por essa questão da língua, do sotaque”, completou o advogado.
Súmula será utilizada pelo advogado na defesa do caso
Ainda segundo Fabiano, a súmula da partida será um dos elementos a serem utilizados para provar a inocência do corintiano. Para ele, o português afirmou ter dito “mano, caralho”, e não a palavra macaco.
Entretanto, no relato do árbitro Bráulio da Silva Machado, após o jogo, o meio-campista do Inter disse ter sido ofendido com as palavras “foda-se, macaco”. Ao se defender, pelo que consta na súmula, o lateral do time paulista disse “foda-se, caralho” no momento do ocorrido.