Por que o GreNal virou um clássico violento fora de campo?
O GreNal 435 deveria ter sido realizado no dia 26 de fevereiro, mas foi adiado para hoje, em razão da violência fora de campo. A caminho do Beira-Rio, o ônibus gremista foi atingido por objetos, dentre os quais uma pedra, que acertou o jogador Villasanti. A violência no clássico sempre existiu, mas se intensificou recentemente.
Em reportagem do ‘Uol’, alguns especialistas opinaram a respeito das possibilidades que fizeram aumentar a violência fora de campo. Primeiro, o historiador colorado Raul Pons falou sobre os conflitos no clássico. Na sequência, o psicólogo Ariel Murlik citou fatores que ajudaram no crescimento das hostilidades.
Para o historiador, essa situação não é novidade. Já nas décadas de 1930 e 1940, a violência estava presente nos jogos entre Inter e Grêmio. Depois, a partir de 1980, os conflitos passaram a ficar mais restritos às torcidas organizadas. Entretanto, nos dias atuais isso parece ter se expandido.
“É um comportamento grupal, de torcida, até mesmo em ações ilegais. A rede social dá isso também. São comportamentos complicados. Pessoas mais fanáticas e com tendências mais violentas podem se deixar levar pelo sentimento do grupo”, disse o psicólogo citando a polaridade da sociedade atual e as redes sociais.
Exemplo dentro de campo no GreNal
Os fatores da sociedade atual contribuem para o comportamento dos torcedores fora dos estádios. Dentro de campo, as atitudes dos atletas também não têm fugido muito deste panorama.
O histórico recente do duelo entre os dois rivais mostra que ocorreram 19 expulsões nos últimos 12 clássicos disputados. Esse é um recorte de dois anos, ou seja, de 2020 para cá.
A lembrança mais viva desse comportamento é a da confusão do GreNal da Libertadores, quando quatro atletas de ambas as equipes foram punidos com cartão vermelho.