Paulo Roberto Falcão está no mercado. Em entrevista exclusiva ao portal sobre futebol italiano Calciopedia, o ídolo colorado falou sobre a possibilidade de de ser treinador no país da bota, cargo que não exerce desde 2016.
“Na Itália talvez não tenha a necessidade de trazer treinadores de fora. Muito difícil isso acontecer. Não penso que se voltariam para me chamar para treinar um time”, afirmou Falcão. “Mas como posso dizer que não gostaria? (risos). Existe um conhecimento sobre o meu trabalho em todo o país e é uma coisa que me envaidece muito, e me dá a convicção de que o trabalho dentro e fora do campo foi bem feito”.
Falcão começou sua carreira à beira dos gramados muito cedo. Após o fiasco do Brasil na Copa do Mundo de 1990, chegou para comandar a transição do ciclo que levaria o título na edição seguinte. Passou ainda por América-MEX, Internacional e Seleção Japonesa antes de ingressar como comentarista durante 15 anos na Rede Globo.
Voltou a treinar o Colorado em 2011 conquistando o Gauchão sobre o rival Grêmio, mas foi demitido dois meses depois. Sua carreira ainda conta com passagens por Bahia e Sport até ter uma breve terceira passagem pelo Inter, seu último trabalho.
Ídolo do Inter, Falcão falou sobre sua época em Roma e sua relação com Batista
Perguntado sobre se gostaria de assumir um cargo executivo em algum clube, Falcão brincou: “Alguns amigos do futebol ficam me cutucando sobre isso (risos). Eu olharia com carinho, principalmente se pudesse ser o responsável pela formação da comissão técnica, seguindo a política do clube. É que a política da Itália é um pouco diferente do Brasil. Pode acontecer, sim”.
O Internacional busca um coordenador técnico para 2022 – já sondou o também ex-atleta colorado Tinga. No entanto, até agora não houve nenhum contato formal com Falcão.
O apelido “Rei de Roma” não veio por acaso. Nas seis temporadas em que ficou na capital no começo da década de 80, Falcão conquistou três Copas da Itália e um Campeonato Italiano, título que não vinha há 40 anos.
“Eu mantive uma relação boa com todos lá. Sempre tive cuidado de mostrar que só tinha ido para ser mais um para ajudar o clube a ser campeão e evidenciar mais a Roma. Tive a preocupação de levar aquilo que seria importante, que os próprios jogadores da época relatam, que é a mentalidade vencedora. Fiz apenas os jogadores individualmente acreditarem mais em si mesmos. Foi legal porque conseguimos fazer grandes coisas pelo clube”.
Falcão ainda falou sobre sua relação com Batista, que atuava na Lazio, grande rival da Roma, à época: “O Batista foi depois. Se criou uma rivalidade inventada, mas ele era meu amigo. Inclusive eu que indiquei ele para jogar nas categorias de base do Internacional, quando ele jogava no Cruzeiro do Rio Grande do Sul”.
A entrevista completa você pode conferir aqui.