A boa fase de Carlos De Pena no Inter tem crescido a cada partida. O uruguaio desembarcou em Porto Alegre há cerca de dois meses e não teve dificuldades em se adaptar. Contudo, o momento positivo vai além das quatro linhas. A vida na capital gaúcha oportunizou uma tranquilidade, na qual o meia enxergava distante da realidade, por conta do que vivia no Leste-Europeu.
Em entrevista para a jornalista Rafael Diverio, da Gaúcha ZH, De Pena revelou bastidores do período caótico que presenciou em Kiev. O meia vinha sendo fundamental no Dinamo, time da capital do país europeu.
Estava na pré-temporada, em fevereiro, na Turquia, e a situação na Ucrânia era ruim. Na capital estava tranquilo, mas quando chegamos a Kiev, piorou. Lembro do dia, 23 de fevereiro. Era o último treinamento, tinha preocupação com o que ia acontecer. Comentei com o técnico e com o presidente, que me disse que não aconteceria nada em Kiev, que ficasse tranquilo. Fui dormir, estava sozinho, minha família estava no Uruguai. Acordei às 4h com barulho de aviões e uma bomba que explodiu perto de onde morávamos”, disse o meia.
De Pena viveu momentos de turbulência em Kiev
O período de conflitos, literalmente, uniu os times rivais do pais. Quando estava procurando abrigo longe das zona de conflitos, De Pena revelou que encontrou jogadores do Shakhtar. Um deles, por coincidência, foi Vitão, zagueiro do clube de Donestk, que hoje está emprestado ao Inter.
“Saímos direto para um hotel, em bunker, com alguns jogadores do Shakhtar, Vitão estava junto. É uma situação que ninguém espera nem deseja viver. E contar isso me dá recordações negativas, já que continua a guerra, as pessoas estão sofrendo. Tivemos sorte em sair de lá.”, ressaltou De Pena.
De Pena possui vínculo de empréstimo com o Inter. Após cair nas graças da torcida alvirrubra, o uruguaio ressaltou a felicidade em Porto Alegre e afirmou que o foco atual está totalmente voltado ao Inter.