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Perícia oficial do Caso Edenilson é divulgada e resultado surpreende

O Instituto Geral de Perícias entregou, nesta quarta-feira (8), à Polícia Civil do Rio Grande do Sul o laudo encomendado da acusação de injúria racial de Edenilson contra Rafael Ramos, do Corinthians. No ocorrido, o volante afirma ter sido chamado de “macaco” pelo adversário.

O documento cita que é impossível atender à solicitação e conseguir uma resposta definitiva. De acordo com os peritos, não foi possível identificar as palavras que foram proferidas pelo jogador do Corinthians.

O laudo afirma que, pelas imagens, não foi possível ver o movimento da língua do jogador do Corinthians. A situação iria facilitar na conclusão sobre o estudo, permitindo que fosse possível descobrir o que foi dito pelo atleta.

O recurso de leitura labial foi descartado por não ter validade jurídica. Por conta disso, não existem elementos sonoros para aprofundar a pesquisa.

“Sobre o pedido de exame pericial de leitura labial, ressalta-se que não foi encontrada metodologia científica, aplicada à análise forense de vídeos, que sustente esse tipo de trabalho. Existem apenas publicações sobre percepção visual da fala e aprendizagem de leitura labial”, escreveram os peritos.

Edenilson prestou depoimento para falar sobre o caso

O meia Edenilson prestou depoimento ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta segunda-feira (6), para falar sobre a acusação de ofensa racial contra o lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians.

Segundo Paulo Feuz, auditor-relator do caso, Edenilson mantém a versão de que foi chamado de “macaco” pelo jogador do Corinthians. O atleta acusou o jogador em partida entre as duas equipes, realizada no dia 14 de maio, pelo Campeonato Brasileiro.

“O depoimento do Edenílson demorou cerca de 30 minutos, depois tem a checagem do material, para ver se estava de acordo com o que ele falou. Deixamos ele muito à vontade, garantimos a ampla defesa, os advogados dele acompanharam, o advogado do Rafael também presenciou o depoimento”, afirmou Feuz.