O ex-presidente do Inter, Vitório Piffero, foi condenado por estelionato e organização criminosa. O dirigente, que esteve no comando do Colorado entre 2015 e 2016, foi julgado na última segunda-feira (4), pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
Piffero pegou uma pena de pouco mais de 10 anos, somados os dois crimes, em regime fechado. Além dele, Affatato, que também fez parte da gestão, foi condenado a quase 20 anos de prisão. Ambos podem recorrer da decisão do juiz. Diante disso, ainda é possível que o ex-dirigente cumpra os 10 anos de pena em regime aberto.
A sentença divulgada nesta semana é a primeira que tem relação direta com a gestão de Piffero no Internacional. Outras, que tratam do futebol e de outros aspectos do clube, ainda tramitam na Justiça e devem ter um desfecho nos próximos meses. Desta forma, o ex-dirigente ainda pode ter a pena aumentada nos próximos anos.
A Correio do Povo entrou em contato com a defesa de Vitório Piffero para saber maiores detalhes sobre a sentença. O Nei Breitman confirma que saiu o resultado, porém ainda não foi intimado e nem teve tempo de conhecer o teor da decisão do juiz. Uma manifestação oficial deve ser divulgada nos próximos dias.
Inter investiga a gestão de Vitório Piffero
As investigações do Inter e do Ministério Público indicam que o clube, durante a gestão de Piffero, gastou cerca de R$ 9,9 milhões em obras dentro do complexo Beira-Rio. No entanto, as construções não foram encontradas nas investigações. Além disso, foi confirmado que houveram saques no mesmo período que chegam a R$ 18 milhões na tesouraria a título de adiantamentos – parte deles sem a devida comprovação da despesa.